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segunda-feira, agosto 07, 2006

Revista de Vinhos

Aí vão 200! A edição de Julho (chegou-me a casa em Agosto) constituiu o nº 200 desta publicação. Numa altura que em surgiram no mercado novas revistas concorrentes, a RV decidiu proceder a algumas alterações. “Melhorias” que começaram já no número anterior: alteração da fonte de letra, reformulação de alguma rubricas, inclusão de um “novo” especialista em gastronomia (David Lopes Ramos) e a participação de jornalistas especializados estrangeiros.

Considero este face-lift bastante conservador e de gosto discutível. Um ligeiro retoque na grelha frontal e a inclusão de mais uns pequenos extras na motorização de série. É pouco, mas é típico nas marcas que lideram o mercado. Arriscam o mínimo na mudança. A concorrência, principalmente a BW, depois de um começo interessante perdeu fôlego e vamos a ver se alguns dos novos projectos chegam mesmo à dúzia de edições.

Uma das rubricas que ultimamente mais gosto de ler é do João Paulo Martins : “Dois Dedos de Conversa”. Não só devido à semelhança do título com o slogan aqui do nosso blog, mas principalmente pelo carácter mais informal, pessoal e opinativo que este assume. Tal como fossem posts num blog de vinhos. A peça desta edição 200, é de longe a mais interessante. Conta-nos o autor algumas das estórias vividas durante a mais recente edição do Concurso Mundial de Bruxelas que decorreu em Lisboa. Entre elas, a inacreditável falta de bom-senso dos organizadores da excursão da comitiva de jornalistas e críticos a Évora onde lhes foi servido ao almoço Pezinhos de Porco. Pergunta o JPM se: “será difícil de perceber que para muitos dos estrangeiros presentes, pezinhos de porco é algo de incomestível?” Eu vou mais longe e acrescento que, mesmo para alguns portugueses, nos quais me incluo, esta iguaria regional também não lhes agradaria. Caso para um “calduço” no responsável e perguntar-lhe: “estás parvo ou quê?

Sou assinante da revista de vinhos desde o nº 159 (Fevereiro/2003). Nestes três anos houve edições que considerei mais fracas que outras, artigos com os quais não concordei, outros que achei úteis e ainda outros que considerei que eram favores ou recados para alguém. Ainda assim, a RV foi nestes três anos uma companheira (ainda que sempre atrasada) que me foi ensinado e que me tem mantido viva esta minha paixão pelo vinho. Parabéns!

7 comentário(s):

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

"A concorrência, principalmente a BW, depois de um começo interessante perdeu fôlego e vamos a ver se alguns dos novos projectos chegam mesmo à dúzia de edições."

E já saiu no dia 7 a BW nº 4, já só faltam mais 6 para chegar á tal duzia. Não tenho a menor duvida sobre o espaço conquistado já pela BW. Destinam-se a publicos diferentes e penso que os verdadeiros apreciadores fazem como eu e assinam as 2.

Quanto a este numero 200 da RV esperava mais, mas não está mau. Concordo consigo quando diz que a mudança foi minima, mas porquê mudar um projecto vencedor? Sempre ouvi dizer que em equipas vencedoras não se toca.

Um abraço

JTMB

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Errata: Onde se lê 6 leia-se 8

rui disse...

Tenho dúvidas relativas ao eventual sucesso continuado e duradouro da Wine Passion. A Blue Wine apesar de ser “mais profissional” tem contra sí esse mesmo facto. Uma pescadinha de rabo na boca. Passo a explicar: tendo expectativas e objectivos mais elevados e empresariais, se estes não forem atingidos, depressa o grupo Blue cancela o projecto. No mundo empresarial nem sempre a paixão é suficiente.

Você compra as duas revistas. Eu tb compro as duas revistas. As pessoas que eu conheço que compram a BW já são assinantes da RV. Da amostra que tenho, diria que os públicos são os mesmos e não diferentes. Seria curioso saber qual a percentagem de compradores regulares da BW que tb compram/assinam a RV. Assim, sem ver, aposto em mais de 75%. Vale um jantar? :)

Eu referi o facto das marcas líderes nunca mudarem muito. É quase uma inevitabilidade. A resistência à mudança é enorme em qualquer organização, principalmente quando se tem o monopólio do mercado e não se vislumbra a necessidade de alterar o status quo. No entanto, há exemplos de casos em que os novos players no mercado conseguem superiorizar-se ao líder. Veja-se o caso da RTP; bem sei que a Media Capital não é uma empresa pública mas … o melhor é não facilitar.

Um abraço,
RC

Nuno disse...

Antes de mais, também quero dar os parabéns à revista, que também me tem acompanhado nos últimos tempos.

Quanto à imagem, penso que é compreensível terem optado por um pequeno "face lift", de modo a não arriscarem a identidade da revista. Poderiam eventualmente ter ido mais longe, mas penso que essa também não é uma questão muito determinante neste tipo concreto de revistas, onde as sensações que são descritas têm de passar forçosamente pelo dom da palavra. Por mais bela que seja a garrafa, as sensações que o vinho transmite serão sempre mais marcantes.

E aqui quero fazer um bom reparo a esta edição 200. Ter cerca de 40 páginas a referenciar vinhos e restaurantes, apenas com nomes, preços e moradas pareceu-me claramente pobre e com pouco valor para o consumidor.

Se o objectivo era fazer um índice simples e sem grandes avaliações ou críticas, então penso que seria melhor autonomizarem-no da revista, pois assim ficou uma forte sensação de "enchimento do chouriço até à página 200 ".

Abraço

Anónimo disse...

Very nice site! » »

Anónimo disse...

Querem mais facelift? Comprem a Lux.

A RV é uma revista séria, que faz o que poucas fazem nos dias de hoje, vender pelo seu conteúdo de qualidade.

E quanto à Bule Wine, meus caros, nem aos calcanhares.

Saudações.

Anónimo disse...

errata: Blue Wine.

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