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quarta-feira, fevereiro 04, 2009

3º Aniversário

Quando nos esquecemos do aniversário dos nossos filhos, é mau! Ora foi o que aconteceu aqui com o nosso bebé. Três anos feitos na semana passada. Três anos de crescimento (se me permitem) feito aos tropeções. Três anos de ritmo inconstante. Três anos de algumas traquinices engraçadas e de muitas sem graça nenhuma. Três anos de aprendizagem. Três anos de muitas batalhas perdidas e pequenas vitórias morais conseguidas. Três anos de vida.

O nosso bebé começou por ser "assexuado". Indefinido. Espontâneo. Surgiu da vontade pouco consciente de um grupo de amigos. Surgiu porque era fácil surgir. É fácil abrir um blog. Como qualquer pai sabe, o difícil é educar, cuidar, definir, crescer, manter. O difícil é o depois.

Rapidamente definimos-lhe um sexo. Um rumo. Definido à imagem dos pais, para o bem e para o mal, o nosso bebé estabeleceu-se como um blog de crítica, de opinião, de pensamento. Afastou-se da maioria dos blogs existentes que têm por base a prova de vinhos. Porventura, os pais tem mais jeito para a converseta do que para a prova.

Esta definição de tipo não nos impediu de lhe quereremos alargar os horizontes e tentámos dotá-lo das mais diversas armas de sobrevivência. Tentámos torná-lo mais participativo, mais social, mais engraçado, mais interessante, mais dotado. Não conseguimos. Nesta procura do "mais" encontramos o "menos". Menos vontade. Menos participação. Menos motivação. Menos regularidade. Menos paciência.

As razões, para tamanho afastamento entre pais e filho, são várias. Os pais já não são os mesmos que fizeram o filho. Estão diferentes. As circunstâncias mudaram. As vidas são outras. Por outro lado, a definição do rumo foi, logo à partida, uma decisão que lhe viria a marcar o destino. Enquanto novos vinhos e colheitas para provar e classificar não faltam, as temáticas dignas de crítica e discurso escasseiam. Resta-nos a redundância e a insistência.

Quem nos acompanha sabe que houve temas que tiveram largo tempo de antena aqui no blog. A relatividade da prova, a subjectividade e consequências da classificação, o sentido do gosto (perdoem-me o plágio), a personalidade do provador, a importância e a exigência da crítica, a responsabilidade do produtor e o papel do consumidor. Está claro, para quem nos acompanha com frequência, que tornar a escrever sobre este temas é inevitável. E está claro para nós. Para quem pretende que o seu blog seja sinónimo de ruptura de ideias, a inevitabilidade da repetição não deixa de ser irónico e, à sua maneira, sarcasticamente pérfido.

Não estamos arrependidos de termos criado este filho. Não é perfeito. Nunca pretendemos que fosse. Tem-nos dado muitas coisas boas. Através dele expusemos ideias, fizemos amigos, conhecemos produtores e provámos vinhos. Não nos podemos queixar. Obrigado.

6 comentário(s):

Mr. Brightside disse...

É como diz o outro: "É como tudo!".

Parabéns de um leitor constante e atento.

Pedro Sousa P.T. disse...

Mesmo assim, enquanto o "filho" esteve no berçário e no pré infantil, acho que se portou muito bem, o saldo foi positivo. Embora no último período estivesse um pouco na balda.
Vamos ver como é que corre a infantil...:)

NOG disse...

Grande ab. de parabéns para todos!

NOG

DonVoxx disse...

http://donvoxx.blogspot.com/

Diga de sua justiça

O Regedor disse...

mais vale um artigo crítico de vez em quando do que um marasmo de um côro unânime!

parabéns\

Personal Sommelière disse...

parabens a todos!!!
www.vinhosweb.com.br

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