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segunda-feira, novembro 20, 2006

JA 2007: Melhores do Ano

Depois de apresentado os melhores do ano do guia de vinhos do João Paulo Martins, achei por bem partilhar aqui os melhores do João Afonso. É verdade que este não tem uma secção denominada “Melhores do Ano” e por isso terá o autor que me desculpar por se eu a fazer tal secção com base nas notas atribuídas por ele.

Espumantes
Murganheira Bruto Vintage 2001
Vértice Super Reserva Bruto 2000

Brancos
Qt. do Regueiro Reserva Alvarinho 2005 (V. Verdes)
Redoma Reserva 2005 (Douro)
Qt. das Bágeiras Garrafeira 2004 (Bairrada)


Tinto
Barca Velha 1999 (Douro)
Charme 2004 (Douro)
CV 2004 (Douro)
Qt. de Macedos 2003 (Douro)
Qt. de Roriz Reserva 2003 (Douro)
Esporão Private Selection Garrafeira 2003 (Alentejo)
Herdade dos Grous Reserva 2004 (Alentejo)
Pêra Manca 2001 (Alentejo)


Generosos
Qt. Vesúvio Vintage 1994
Croft Vintage 2003
Qt. Vesúvio Vintage 1997
Qt. Vesúvio Vintage 2003
Taylor’s Qt. Vargellas Vinhas Velhas Vintage 2004
Burmester Colheita 1937
Burmester Tordiz 40 anos
Sandeman 40 anos
José Maria da Fonseca Moscatel Roxo Superior 1971


Para aqueles que têm o guia, facilmente percebem que, excepto os espumante e os brancos, o resto dos vinhos que eu aqui apresento são aqueles que tem nota igual ou superior a 18,5. Daqui, retirar-se também, que nos tintos apenas temos vinhos de duas regiões: Douro e Alentejo. E dentro do Alentejo é curioso verificar que do trio eleito, tirando o Pêra Manca que não foi a teste no painel de prova dos topo alentejanos da RV (pode-se perguntar porquê?), os outros dois correspondem exactamente aos dois primeiros classificados do resultado desse mesmo painel.

Esta lista não se pode comparar com os melhores do ano do JPM pois este último conseguiu apresentar um ranking de vinhos que não “bate certo” com a hierarquia de notas que ele mesmo atribuiu. Ou seja, existem vinhos na lista dos melhores que têm uma nota menor, dentro da mesma categoria, do que outros ausentes dessa lista. Por exemplo, o Poças Vintage 1996 (nota 17) aparece, enquanto Wise & Krohn Colheita 1996 (nota 18,5) ou Qt. Portal+ Vintage 2003 (nota 17,5) não aparecem. Com certeza, haverá explicação para isto, eu é que não a conheço.

Dos dois, é com o JA que mais vezes discordo (se me é permitido) e com o qual menos me identifico no estilo de descrição da prova. O JPM é mais pessoal na escrita, é mais dirigido ao “rótulo”, tem uma visão mais abrangente do produto. Responder-me-ão: “O JPM vê o rótulo enquanto o JA prova às cegas. Daí o maior distanciamento.” Provavelmente. No entanto, o JA tem na sua introdução um maior sentido de autocrítica, uma maior consciência da subjectividade da prova, um mais aberto reconhecimento do gosto pessoal e um mais firme aviso ao leitor de que o guia deve ser “consumido” com cuidado. Transcrevendo: [“Use mas não abuse” é o conselho que dou ao leitor. Aceite a nossa sugestão mas não se abstenha de produzir a sua própria....Um vinho provado em Maio ou Junho (especialmente vinhos jovens de categoria standard) poderá estar diferente em Outubro ou Novembro, meses em que habitualmente o Anuário sai ao público. Existe também o seu gosto pessoal que pode ser bem diferente (repare que não digo melhor ou pior) do que o crítico.] Como acredito que a maior parte dos compradores do anuário não leiam as notas introdutórias, é pena que estes conselhos não venham na capa.


P.S.(1) Este ano a Editora Cotovia deve ter adormecido pois o livro só saiu por altura do Encontro com o Vinho perdendo assim as feiras de Outubro nos supermercados. A rever.

P.S.(2) Tal como o JPM, também o JA passou a adoptar uma escala de pontuação até 20 valores. Pelos vistos, a campanha levada a cabo, neste e noutros espaços de discussão, sobre a necessidade uniformizar as escalas de notas deu resultado. Não há que ter medo de comparações.

P.S. (3) Este anuário tem um objectivo, entre muitos outros, particularmente louvável: apresentação das melhores relações qualidade-preço. Não apresento os melhores nessa categoria por duas razões: nem todos os vinhos apresentam preço e, dos que apresentam, muitos não correspondem à verdade das lojas (os preços no guia são indicados pelos produtores), e, a definição deste indicador, ao beneficiar os vinhos mais baratos (o que na prática, são também quase sempre os vinhos mais “jovens de categoria standard”), pode ser, por natureza, ainda mais enganadora (além da subjectividade da prova) e limitada no tempo.

1 comentário(s):

Anónimo disse...

Boa noite !! Vejo que nao anda a beber mal!! Quem é que não gostava de ter essa lista em casa não é!! Não deixe de ver o blog «peramanca.blogspot.com»

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