Tempos Mortos

Hoje em dia não se fala noutra coisa senão no Mundial de Futebol. Parece que não existe mais nada nos últimos dias. As palavras “vinho tinto” só foram pronunciadas em associação com as palavras “pipa”, “sardinhas”, “festas populares”. Esta altura do ano é muito fraca em novidades para quem gosta de tintos como eu.

Nos últimos tempos, animaram os curiosos, o lançamento precoce do Chryseia 2004 e o relançamento do Xisto 2003 (ajudado por um prémio internacional e reportagens em revistas da especialidade). Por coincidência, ambos foram o tema principal de um trabalho de reportagem na primeira edição da Blue Wine. The French Connection.

A Blue Wine, que eu elogiei aqui por ter saído ao dia 24 de Abril o número de Maio, deixou-se dormir e o segundo número, o de Junho, já saiu ao dia 06 do mesmo mês. Pelos vistos, não se pode elogiar ninguém. Uma coisa interessante no TOP 100 anual de vinhos da revista: vamos ver quem consegue desalojar o Kopke Vintage 2003 do primeiro lugar. Isto do ranking ser actualizado mensalmente com a entrada de novos vinhos é uma boa ideia. À falta de substância cria-se expectativa.

Esta inactividade também contaminou os membros deste blog. Isso e o facto de em Lisboa 99% da população estar a banhos durante esta semana. Só fiquei eu para trás para manter vivo o blog. E digo-vos que não é fácil. Consegui escapar-me até um computador para escrever estas linhas de modo a manter o vinculo de compromisso com os leitores que esperam posts nossos com alguma regularidade. Este, meus amigos, é inócuo. Confesso. Qualquer pessoa inteligente percebeu que eu estive para aqui a encher chouriços. Mas encher chouriços também é uma arte. Quem sabe se um dia não estou a escrever para Blue Wine. ;)