Essência do Vinho 2007
Ou como lhe chama o Nuno: O Encontrão do Vinho.
Segundo dia. Após um final de sexta-feira em grande (ver post anterior), o dia de sábado começou praticamente colado ao final do anterior. Dor! Dos quatro que rumaram ao Porto, dois (JPD e o Cristo) apontaram o respectivo bólide ao Sul era meio-dia. Ficámos: eu e o Nuno. Objectivo: participar na Essência do Vinho a decorrer no Palácio da Bolsa.
Cerca das 15:30 decidimos começar a contenda pela Essência do Gourmet a decorrer no Mercado Ferreira Borges. Este recinto encontra-se do outro lado da estrada relativamente ao Palácio da Bolsa. O mesmo bilhete dava entrada nos dois recintos. No espaço encontravam-se umas três dezenas de expositores de produtos alimentares. Queijos, enchidos, presuntos, conservas, azeites, doces, chocolates, o que se espera num evento Gourmet. No entanto, a barraquinha que mais me encheu o olho foi a representação das Pedras Salgadas. Bom! Picámos um queijinho e uns enchidos para fazer estômago para o evento principal e de bilhete em punho atravessámos a estrada.
Concentração na exígua entrada do Palácio da Bolsa. Eram quase 16:30. A porta de entrada é estreita e em carreirinho lá estivemos uns maus 10 minutos para conseguir entrar. Passada a primeira contrariedade, desembocámos no primeiro piso do Palácio da Bolsa. Edifico quadrangular em que o piso térreo é rodeado por um primeiro piso com visão privilegiada para o interior do mesmo. Quando comparado com os típicos pavilhões das feiras este é claramente diferente e mais bonito. Por alguma coisa se chama palácio e não pavilhão F ou assim. No entanto, não serve para um evento como este. Labiríntico (com pequenas reentrâncias e salas laterais), apertado, com os corredores do 1º piso muito estreitos para conseguirem alojar (no sentido da parede para o corrimão): produtores, mesas de exposição, participantes que provam e conversam com os produtores e ainda as pessoas que pretendem passar para lá e para cá. Não é fácil. Muito acanhado com grandes dificuldades de circulação.
Eu e o Nuno, rapidamente nos cansámos do jogo de encontrões, da falta de espaço para andar e para respirar. Tempo apenas para trocarmos umas palavras com o já nosso amigo AJS e reencontrar o Nuno do Saca a Rolha e o Paulo do Vinho da Casa. Bebericámos meia-dúzia de vinhos, passámos pela loja de vinhos no piso térreo (infelizmente os preços não eram “preços-de-feira”) e por volta das 17:30 já tentávamos escapar pela também exígua saída do edifício. Pergunto-me se houvesse algum problema no edifício, como é que se evacuava rapidamente todas aquelas pessoas? Já cá fora reparámos que a fila para entrar já dobrava a esquina do edifício. Mais gente para um recinto já de si repleto. Espero que tenham conseguido divertir-se.
A nossa primeira vez na Essência do Vinho não foi recompensadora. A vontade de beber vinho não era muito grande depois do jantar de excelência do dia anterior. O espaço acanhado, os encontrões e a dificuldade de circulação entre mesas impedia uma maior confraternização com os produtores e os representantes das marcas. Reconheço que o espaço é bonito mas não é funcional para um evento que tem milhares de visitantes por dia. Penso que a organização tem que identificar um novo local para realizar o evento. Os milhares de apreciados e participantes merecem-no.
P.S.(1) Não reparei em nenhuma barraquinha de “comes” no Palácio da Bolsa. As pessoas que queriam combinar vinho e petiscos (que o estômago não se faz só de líquidos) tinham que sair do edifico de copo na mão, atravessar a estrada e entrar no mercado Ferreira Borges . Tem sentido?
P.S.(2) Parabéns à empresa VDS pela preocupação demonstrada pela temperatura de serviços dos seus vinhos. Tinham na mesa uma máquina que gerava ar frio para uma espécie de palete em acrílico onde encaixavam as garrafas que serviam. Prática, portátil e ainda permitia ter as garrafas expostas em cima da mesa. Boa ideia.
P.S.(3) Descobrimos, mesmo junto ao passeio na Ribeira, um simpático wine-bar da associação de pequenos produtores/engarrafadores do Douro denominada Vinhos de Quinta. Especial comprimento para a muito simpática senhora que nos recebeu e com a qual estivemos em amena cavaqueira. Infelizmente a minha inaptidão para as questões de comportamento social impediram-me de me lembrar de perguntar-lhe o nome.
P.S.(4) Na sexta-feira o JPD e o Cristo ainda tentaram entrar na Essência do Vinho. Só queriam dar uma voltinha pois já eram 19:00. Acharam que os 10 euros da entrada não se justificavam por apenas 15 minutos a correr. Ao telefone com o Nuno Pires da Essência do Vinho, obtiveram um rotundo “Não” quando explicavam que eram do blog Vinho a Copo e que iam a caminho do jantar da Revista dos Vinhos. Ficaram sem saber se o que despoletou o “Não” foi a referência à concorrência ou a referência ao nome do nosso blog. O que gostávamos de saber!
P.S. (5) Para quem quiser saber o resultado da prova denominada “TOP 10 de Vinhos Portugueses” efectuada durante o evento, faça favor de clicar aqui.
26 comentário(s):
Caros,
também eu tive a infeliz ideia de ir ao essência no sábado à tarde. Acho o nome Encontrão do Vinho fabuloso. Apesar de ter visto alguns amigos de prova e estarem disponíveis para a mesma excelentes vinhos o sentimento com que vim de lá foi pura desilusão.
Acho que teria mais interesse haver no Porto um evento mais pequeno ao género do Dão e Douro e aí sim poderia ser no Palácio da Bolsa e depois haveria um Essência do Vinho com condições de segurança, conforto e espaço talvez na Exponor? na Alfândega?
Boas provas!
Belo registo do evento. Fotografias não há?
Caro Chapim,
foi pena então não nos termos encontrado. Agradeço a tua opinião pois assim não sou o único a dizer mal. É que já ando cá com uma fama. :)
Um abraço,
RC
Caro Luís,
queria fotos das Pedras Salgadas ou do evento no geral?
:)
RC
p.s. Eu e o Nuno não temos o "sindroma de japonês-dedo-leve-na-máquina-fotográfica". Por isso, infelizmente, não há fotos. No entanto, penso que a minha maneira de escreve e descrever as coisas é bastante visual (pelo menos tento).
Já vi que não perdi nada em vir para casa no sábado de manhã.
É fim de semana de Carnaval e a filha não perdoa se não andarmos mascarados pelas ruas ...
Resta-me então agradecer ao Nuno Pires da Essência do Vinho a preocupação em nos livrar dos vários Encontrões. Foi de certeza a pensar nisto (tanto eu como o Cristo não somos propriamente magros) que gentilmente disse que NÃO a uma voltinha de reconhecimento.
Enquanto uns (RV e João Geirinhas) amávelmente convidam e partilham opiniões, muitas vezes discordantes, acerca deste tema que é o Vinho, outros (EV e Nuno Pires) talvez devido a complexos de inferioridade e mesquinhez, preferem ignorar aqueles que exprimem as suas opiniões livremente e preferem os eventos da concorrência.
Porque será ?
O que eu gosto acima de tudo é que afirmam ser a principal experiência de vinho em Portugal... mesmo com todas as criticas que já li e ouvi no final afirmam ser um sucesso.
Caro Rui,
De facto foi pena não nos termos encontrado. Mas também ali no meio da confusão não era muito fácil.
Acho que não é uma questão de dizermos mal. Acredito que vocês tal como eu só pretendem dar um contributo para fazer chegar este mundo maravilhoso do Vinho a mais gente, mas atenção principalmente com mais qualidade. E neste contexto o vosso contributo é substancialmente maior é claro!!
O meu comentário, aliás, que fiz questão de deixar em vários blogs de referência e nos fóruns de discussão, tem como único objectivo tentar alertar para que a simples avaliação de mais visitantes não significa melhor evento. Fiquei mesmo desiludido com o evento. Por exemplo, no EVS apesar de alguns problemas menores saí de lá com um sorriso de felicidade pelo ambiente interessante que senti. Do Encontrão do Vinho saí com quase desespero porque até para sair demorei uns bons 20 minutos!!
Boas provas!
O evento em geral não me interessa muito, gostava era de ver fotos vossas, ou seja da famosa mesa 81.
Mas já que fala nisso, agora também fiquei interessado em ver as Pedras Salgadas :)
1 Abraço
Caro Chapim,
Como tu referes e bem, todos nós (consumidores) criticamos negativamente porque encontramos algo que não consideramos adequado. Se explicarmos o porquê da cítrica ninguém pode levar a mal. Ou pelo menos não devia.
Penso que, daqui do blog, ninguém se pode queixar, pois quando “batemos” nunca fugimos (aliás no meu caso, por vezes até me arrasto nas explicações e daí os textos tão compridos). Geralmente, também falamos de factos e não de virtualidades. Estava gente a mais para o recinto? Estava! A circulação era complicada? Era! Tínhamos que atravessar a estrada para petiscar no Gourmet? Tínhamos! Levávamos um porradão de tempo para entrar e outro tanto para sair? Levávamos! Nunca discutimos aqui se as meninas por detrás da mesa que nos serviam o vinho podiam ser mais ou menos simpáticas. Isso sim, seriam virtualidades.:)
Mesmo quando nos convidam para eventos como o Jantar da RV, se considerámos que havia algo mais inadequado (que mereça referência) ou alguma questão pertinente que deva ser levantada, não nos coibimos de o fazer. Reparem que o próprio João Geirinhas veio responder a uma questão que eu coloquei no post abaixo. Até podia ter discutido a resposta dada, mas achei que o mais importante era agradecer o facto de ter tido o fair-play de vir responder a uma questão que tinha (e acho que continua a ter) toda a razão de ser. Ora, espero que, se porventura este post chegar ao conhecimento da organização da Essência do Vinho, esta tenha a capacidade de fazer uma autocrítica e retirar daqui alguma coisa que a faça melhorar, invés de considerar este post um imaginário ataque pessoal.
Um abraço,
RC
p.s. Caro João (Copo de 3), eles podem afirmar o que quiserem. Basta ter boca para o fazer. Tal como eu, que tb tenho boca, afirmo que, ou evento muda de sítio ou eu nunca mais ponho lá os pés. Que é para aprenderem.:)
Tive pena de não ter tido a oportunidade de entrar no recinto. A minha intenção era entrar por volta das 17h (hora que cheguei ao Porto), mas o transito do Porto só fez com que chegasse lá às 19h15. Com um jantar marcado para as 19h30, ali ao lado, não havia grande tempo ...
Contudo, parece haver uma grande discrepância entre a organização e as opiniões dos consumidores em geral.
Por um lado temos os consumidores cheios de queixas (qualitativas), por outro a organização a falar de sucessos (quantitativos). Parece que existe um desencontro total entre os objectivos da organização e a dos consumidores...
Espero que este espaço contribua para melhorar eventuais falhas em edições futuras.
Um abraço a todos.
Caro Rui o importante para mim destes dois eventos prende-se com as reações que os blogs provocam nos organizadores. 1 - Os blogs são efectivamente lidos por muita gente, o que mostra a sua importância. 2 - As reações algumas vezes são curiosas. 3 - Os blogistas "podem" ser gente perigosa. 4 - A importância de manter a independência por parte dos blogs é fundamental para ajudar o mundo do vinho. Imprensa escrita incluida. 5 - Quanto maior for a diversidade de opiniões mais gente adere ao vinho. Boas provas AJS
Caro AJS
Isso reflectiu bem o posicionamento das duas entidades organizadoras.
A RV reconhece e aceita esta nova realidade que são os blogs, convida para os seus eventos e fomenta a discussão do tema do Vinho.
A ESV nem por isso. Só é bem vindo que vier dizer bem, e preferencialmente não for a eventos da concorrência.
Mas como isentos que somos, apresentamos a realidade tal e qual como a vimos (por vezes difere de pessoa para pessoa).
Isto quer dizer que vamos continuar a dizer bem e/ou mal sempre que entendermos, independente de nos convidarem ou não para os vários eventos. Garanto que se depender de nós, iremos sempre a todos.
um abraço
João
AJS esse ponto 3 é brutal! "Gente perigosa". Qualquer dia seremos incluidos no eixo do mal ao lado do Irão, Coreia do Norte, Síria :) Haverá uma reunião do Conselho de Segurança das Nacões Unidas para decretar sanções a todos nós.
Abração
Caro AJS,
levantas uma questão interessante: Quantas pessoas diferentes lêem regularmente qq blog sobre vinhos?
Eu, não sei se por falsa modéstia, estava tentado a dizer que não são muitas mas tu que lês e comentas achas que são muitas. Se calhar o que temos que nos concentrar é no que é considerado “muitas”.
Nós aqui no blog temos aqueles medidores de visitas e pages views mas os dados nunca são iguais nos vários medidores. Depois, existe a possibilidade das pessoas fazerem RSS Feed e receberem os novos posts na sua “área pessoal”, podendo assim ler o post sem vir ao blog. Ou seja, não conta para as estatísticas. Mas mais uma vez, penso que não serão muitas. Em cima disto, reparo que as pessoas que comentam no nosso blog tb comentam na maioria dos outros blogs. Ou seja, parecem-me sempre os mesmos amigos. Dito isto, se tivesse que avançar com um número, diria que o nosso blog terá entre 50 a 100 pessoas que regularmente (pelo menos uma vez por semana) acedem ao nosso blog. A ser verdade, não se pode considerar “muitas”.
Então penso: “ se calhar, tb não é o significado das “muitas” que interessa mas sim o “quem são”. Ou seja, a qualidade* das poucas. E se encarrilarmos a linha de pensamento por aqui, se calhar já encaixamos melhor os restantes pontos que referistes.
Um abraço,
RC
* claro que todos os leitores de blogs de vinhos têm qualidade (nem que seja a qualidade do bom gosto por nos lerem) mas neste caso deve-se entender a palavra qualidade como título, cargo, atributo, posição.
Caro Pingus,
pena o AJS não ter lançado o boato mais cedo porque agora já não vamos a tempo da votação dos "Piores Portugueses de Sempre".:)
Um abraço,
RC
Quem nos lê? Basicamente somos nós próprios. :)
Pessoalmente considero que estamos perante uma comunidade muito reduzida, onde as novas entradas vão acontecendo a conta gotas.
Aliás, não nos podemos esquecer que o universo bloguista (todos os temas incluidos) pesa apenas 1% no tráfego de toda a Internet (li isto em qualquer lado).
PS - Mas voces aqui do Vinho a Copo têm mais vantagem que os blogs só com um autor. Multplicam sempre por 5 as visitas. :)
Abração.
Caros Rui e Pingus, não concordo nada convosco, quanto a serem poucos os que acedem aos blogs. O que acontece é que poucos escrevem, comentam, discordam, concordam, têm opinião própria. Na realidade não é fácil dar a cara. De qualquer forma penso que muitos, do “meio”, visitam com regularidade os blogs, todos. Alguns, como o João Geirinhas, tem a frontalidade de responder, vide a resposta ao meu comentário no "João à mesa", o que me satisfaz. Outros, quem sabe se os da "essência", ainda não compreenderam a importância deste fenómeno, ou já, mas não querem dar o flanco, mas vão lá chegar. Até eu que sou de um ano mítico do Douro, 55, já lá cheguei. Se pensarem, quanto mais não seja os nossos comentários permitem que os profissionais se justifiquem. O que é óptimo, para eles, para nós, mas principalmente para o mundo do vinho. Todos são bem vindos. Os cerca de 100 que visitam com regularidade os blogs são significativos, em relação ao fenómeno que é muito recente. Pela minha parte vou continuar assim. Subversivo. Tem tudo a ver com a minha actividade. Hoje fui convidado para ir fazer uma palestra, infelizmente não sobre vinhos, a Beirute. Se se concretizar vou anotar os belos vinhos que seguramente vou lá beber. Bom, isto já vai longo, e antes que pensem que quero substituir o Rui, vou-me embora. Boas provas. AJS
Isto afinal é mais sério do que eu pensava! Já estão a mandar para Beirute o pessoal dos blogs! Medo :)
Quanto ao evento que baptizei do “Encontrão do Vinho”, quero antes de mais dizer que o local é bem aprazível e cria uma boa simbiose com o tema, ganhando-se assim uma alma mais intimista, que definitivmente não existe nos grandes certames.
Agora vai acabar a fase do polícia bom, até porque as nossas qualidades de polémicos e maldizentes não pode ser posta em causa! :)
Isto de não estar ligado ao meio também tem as suas vantagens…
Podem sempre contar connosco para ajudar a organizar os prémios dos “Piores do Ano”
Voltando ao “encontrão”, o espaço seria óptimo para um evento muito mais restrito, que funcionasse por exemplo em torno de provas especiais, apresentações, provas cegas, etc
Negar que o espaço estava claramente subdimensionado para um evento tão global e destinado ao grande público, é não ter a sensatez de querer ver a realidade!
Qual era o problema de dizerem que se superou as expectativas em termos do número de pessoas e que o espaço se tornou pequeno demais para tanta gente!
Deve ser o nosso síndrome português de nunca acatar uma simples critica sem um grande drama ou teoria da conspiração.
PS - Caro Ajs, desejo boa viagem e deixo aqui o “réptil” para a publicação da reportagem enófila no nosso blog
Abraço,
Nuno
Caro AJS,
qual substituição qual quê. Eu quero é ajuda para acabar com essa “praga” de comentaristas de frase única e curta.:)
Nunca gostei de matemática (desculpa Pingus) porque não conseguía explanar todo o meu vernáculo nas rígidas fórmulas das equações. Em disciplinas mais teóricas, mesmo que não soubesse nada, garanto-vos que a folha de respostas não ficava em branco.:)
Um abraço,
RC
p.s. Obrigado pelo incentivo mas não me convences. Continuo a acreditar que somos pouco mais que meia dúzia. No entanto, arranjei uma maneira de fazermos a prova dos nove: todos os nossos leitores enviavam-nos uma garrafinha (do bom) e nós depois contávamos quantas tinham chegado. Que tal?
É lamentável o que se passou em relação ao "NÃO"
Eu, este ano tive que comprar um bilhete para entrar, mas mal entrei e me dirigi a um stand perguntei com a minha lata de sempre ( que muitos parecem não gostar):
"voces têm convites?"
"Claro, quantos queres?"
Já o ano passado não sofri desse mal, pois no meu prédio foram distribuídos convites por todas as caixas de correio...
FAZ SENTIDO? Recusar entradas a quem é "crítico amador" mas que critica publicamente, como é o vosso caso?
Recusam a uns, mas oferecem convites a torto e a direito pela cidade do Porto.
Abraço,
Paulo Silva
PS: As minhas 79 cigarrilhas que vocês me roubaram :P ? Just kidding...
Aquilo do "ter lata" será mesmo isso? Ou será coragem para dizer o que me vai na alma? O Vinho é um conluio? Em que quem está lá dentro impõe condições para benefícios de todos, prejudicando quem está de fora?
Não quero ser orgulhoso, mas os nossos blogs às vezes parece que estorvam...
Primeiro que tudo eu não fui à Essência... posso dar mil e uma razões, são minhas e nisto ninguém me pode questionar, talvez a principal seja que eu não me revejo em certas atitudes praticadas por algumas pessoas.
Depois ao ver tudo o que já foi dito questiono onde está o dito melhor evento vínico de Portugal ? Se o importante é o vinho porque se faz com que um simples evento se transforme quase num concerto de rock onde o encontrão é lei ? Só falta ler que alguém fez croud surf para chegar a um stand mas pronto...
Mas é claro que para a organização o sucesso não são as boas condições dadas às pessoas, o que conta é o número de entradas... ou seja venham eles que quantos mais melhor, e assim vendo será um sucesso.
Quanto a esse NÃO, é algo que não quero entender, porque razão se nega a entrada a um meio de comunicação, sim nem que seja para 100 pessoas mas sempre é um meio de informação... ? Têm alguma coisa a esconder ? Têm medo dos blogs ? Somos assim tão perigosos ?
Nem seria necessário dizer que a maneira empertigada e arrogante como certas coisas aparecem é de bradar aos céus.
PS: Dizem os sabedores que falar mal é fácil, mas difícil é fazer melhor... neste caso acho que têm muito que melhorar.
VIVA A MESA 81.
Malta,
antes que nos chamem de arrogantes (“ah e tal, só pq foram convidados para o jantar da RV já pensam que são os maiores”) tenho que deixar claro que o responsável da organização do evento tinha todo o direito de não permitir a entrada (nem que fosse por 5 segundos) a quem não pagasse bilhete. Isto é ponto assente!
O que o JP e o Cristo acharam “curioso” e daí eu ter incluído este episódio como P.S. do post foi o facto do “Não” vir rápido na sequência da identificação dos mesmos. Mais curioso ainda o facto de como o Paulo do Vinho da Casa diz, ter havido centenas de pessoas que entraram com convites (no sábado à nossa frente entraram um bando deles). Ou seja, pressupõem-se que o pagamento obrigatória dos 10 euros não era uma questão principio para a organização, encontrando-se noutra razão a explicação para o “Não”. De qq maneira, este episódio deve ser considerado um fait-diver menor no post e o essencial do mesmo deverá ser: por favor para o ano arranjem um sitio maior para realizarem o evento de preferência onde as pessoas possam circular relativamente à vontade entre os stands dos vinhos e os stands gourmets sem terem que sair de um edifício, atravessar a estrada e entrar noutro.
Nós só queremos é que os eventos vinícolas sejam cada vez melhores. E por isso, criticamos o que achamos mal.
Um abraço,
RC
p.s. Acabou de chegar na newsletter da Academia do Vinho (estejam descansados que esta semana não vai haver noticias). Excerto de uma reportagem no jornal O Primeiro de Janeiro (juro que não adulterei o texto):
“Labirinto
Os dois andares do Palácio da Bolsa encontram-se repletos de visitantes. A afluência do público é tão intensa que o local ganha contornos labirínticos. “We’re lost again! It’s unbelievable!”, confessa um casal de ingleses, cuja euforia e faces rosadas denotam algumas “provas”.
Por entre encontrões, alcançamos uma das bancas mais concorridas do andar de baixo.”
Até que ponto é viável a proliferação da entrega de convites por caixas de correio ?
Medo que faltem visitantes, ajudar a enchente ?
Dizem que as entradas são limitadas e compre já o seu bilhete, mas depois andam a distribuir convites ?
O espaço não tem uma lotação limite ?
E depois disto tudo ainda dizem Não ?
Caro João,
para a próxima apresentamos-nos como o terrível gang da Mesa 81 e depois quero ver quem tem coragem para nos dizer não. :)
Um abraço,
RC
É pá, noto que passei ao lado de uma bela discussão.
Obviamente também achei o espaço demasiado pequeno para tanta afluência.
Contudo, houve coisas boas no evento. O n.º de produtores era imenso, sobretudo os novos e "independentes" produtores. Acresce que vários vinhos de topo estavam também disponíveis - eg., Poeira, VT, Dona Maria, etc e etc. E, por outro lado ainda, as provas comentadas foram, tendencialmente, óptimas.
Digo desde já que fui com convite para ambos os dias, mas isso não me faz dizer bem de um evento.
Como outros, esta "Essência" teve coisas boas e coisas más. Mas concordo com todos, o espaço pequeno e complicado é uma enorme limitação que tende a irritar o visitante durante todo o evento.
Abraços,
N.
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