Provas 2007/1º Trimestre
Este post, enquanto eventual guia de provas, é uma perfeita inutilidade. As notas aqui apresentadas são tão subjectivas que podem levar ao engano do leitor que as utilize como referência para compras futuras.
Os vinhos e as notas apresentadas são assumidamente o reflexo da capacidade de prova e do gosto particular de cada um dos membros deste blog. Estes foram os vinhos que cada um quis e conseguiu beber neste período, não tendo havido qualquer intenção das provas serem temáticas, organizadas por preços ou representativas das várias regiões vinícolas portuguesas. Só são apresentados os vinhos para os quais nós considerámos ter havido condições de prova justas para os mesmos. A esmagadora maioria dos vinhos foram provados às refeições e em convívio. Uns vinhos foram decantados e outros não.
Esta divulgação deve ser encarada pelo leitor como uma partilha de consumidor para consumidor. Constitui um histórico de provas efectuadas por consumidores normais que apenas gostam muito de vinho.
As notas são apresentadas em número de rolhas (1-5) e seguem uma escala de GOSTO:
5 – Gostei Extraordinariamente. Quero beber muito mais.
4 – Gostei muito. Quero beber mais.
3 – Gostei. Há falta de melhor bebe-se com agrado.
2 – Não gostei. Só volto a beber se não houver mais nada.
1 – Não gostei mesmo nada. Não me apetece voltar a beber.
A partir da nota 3 foi criada a meia-rolha de modo a diferenciar determinados vinhos. Como não tememos a comparação, criámos um sistema de cores que permite ficar a saber a evolução das notas de prova agora reproduzidas em relação a provas publicadas anteriormente. Assim: verde (subiu), cinzento (manteve-se), amarelo (desceu).
Brancos
Nota: RR – Ricardo; RC – Rui; NA – Nuno; CA – Cristo; JPD - João
Tintos
Quadro 01
Quadro 02
Quadro 03
Quadro 04
Nota: RR – Ricardo; RC – Rui; NA – Nuno; CA – Cristo; JPD - João
Estrangeiros
Nota: RR – Ricardo; RC – Rui; NA – Nuno; CA – Cristo; JPD - João
Generosos
Nota: RR – Ricardo; RC – Rui; NA – Nuno; CA – Cristo; JPD - João
P.S. O quadro relativo aos Generosos foi re-publicado pois continha algumas trocas de notas.
11 comentário(s):
Boa Noite,
A vossa análise não complementa o rácio preço/qualidade, correcto? Apenas a qualidade do vinho. Já sou um leitor assíduo do vosso blog e não me recordo de alguma vez terem feito uma analise com base no preço/qualidade. Se assim for lanço-vos este desafio que gostaria que aceitassem. Custa-me dar mais do que 15€ por um vinho porque ainda não tenho categoria para os apreciar, como eu costumo dizer "dar pérolas a porcos".
Abraço
P.S. Acho o valor que deram ao Esteva muito baixo, julgo que merecia uma atenção especial, considero o Esteva um vinho da nova geração com um preço “justo” para vingar no nosso mercado.
Caro Fernando Santos,
primeiro: bem vindo a este espaço de discussão.
segundo: sim, as notas classificações representam apenas o nosso gosto independentemente do preço ou da imagem do rótulo. Pelo menos assim devia ser. Por vezes, nas descrições de prova que faço dou um toquezinho sobre a relação preço-qualidade.
terceiro: consumir vinhos a cima de de 15 euros não é uma questão de "categoria" mas sim uma questão de carteira. :) Se tiveres carteira aconselho-te a bebe-los, já que, garanto que se beberes os vinhos certos vais descortinar a diferença para um vinho corrente. Não garanto é que gostes sempre dos mais caros ou que consideres que estes valham a diferença.
quarto: se bem percebi o desafio, é efectuarmos uma prova de vinhos apenas até 15 euros e dar a nosso parecer. Agora, sou eu que digo que não tenho categoria para tal. Deixo isso para as revistas da especialidade, até pq essa prova levantava-nos logo uma questão inicial: que vinhos considerávamos para efectuar tal análise? Como escrevemos na introdução, nós bebemos os vinhos que queremos ou que conseguimos provar, não temos qq intuito de fazermos "painéis de prova" com objectivos definidos. Podemos dar-te, se quiseres, uma lista vinhos abaixo de 15€ que mais gostámos nos últimos tempos.
Um abraço,
RC
p.s. Quanto ao Esteva, têm que ser os provadores do vinho a defenderem a sua nota. Eu confesso que já não provo o Esteva há uns tempos. Apesar de terem mudado de rótulo, numa tentativa de modernidade, eu associo o Esteva a um tipo de consumidor menos moderno, acima dos 40 anos e com perfil mais clássico. Não o considero um vinho da nova geração (deve ser dos Douros correntes mais antigos ainda no mercado).
Boa noite,
Vou tentar seguir o teu conselho dos vinhos mais caros, vamos ver se a bolsa colabora...entretanto a tal lista de vinhos abaixo dos 15€ vinha mesmo a propósito.
É curioso a tua opinião sobre o Esteva, tinha uma ideia completamente errada. Que vinhos consideras da nova geração?
Abraço
Caro Fernando Santos,
segue a lista (retirei dos dois últimos trimestres - preços de supermercado, mais coisa menos coisa):
10€ a 15€
Evel Grande Escolha 2003
Esporão Reserva 2003
CARM Reserva 2003
Vertente 2004
Vértice 2003
Talentus 2004
Grand Art Trincadeira 2003
Casa Burmester Reserva 2004
menos de 10€
Qt. Quatro Ventos 2004
Qt. Baceladas 2003
Meandro do Vale Meão 2004
Vallado 2004
Qt. Alorna Reserva Cab. Sauv. e T. Nacional 2003
por volta dos 5€
Qt. Fafide Reserva 2004
Não assumas que estás completamente errado só porque eu não considerei o Esteva um vinho da nova geração. Essa é minha opinião mas não sou o dono da razão. E sendo esta uma questão de puramente imagem projectada no consumidores (já que não vem no rótulo nenhuma indicação oficial se o vinho é desta ou de outra geração), se para a maioria dos consumidores um vinho é da nova geração é porque então é.
Para mim é mais fácil dizer quais eu acho que não são da nova geração (perante a apresentação de uma hipótese) do que apresentar uma lista dos que são. Isto vai criar um certo retorcer de lábio a muita gente mas penso que um vinho (dentro dessa gama de preço) que foi e tem sido da nova geração é o Monte Velho. Conseguiu criar a imagem de um vinho de qualidade, fácil e de algum estatuto dentro dos consumidores de vinho corrente mais velhos e dos consumidores iniciados ou esporádicos. Já os considerados enófilos, não o suportam. :) Agora, se associarmos os vinhos de nova geração aos vinhos que têm ganho prestigio internacional e têm conseguido aumentar a percepção de qualidade do vinho Português, então tens quase sempre que gastar muito acima dos 15€. :)
Um abraço,
RC
Boa Noite,
Quinta 4 Ventos, Meandro e Quinta da Alorna já experimentei este ano, gostei do que provei, e já tenho duas na “adega” , o Meandro é que nunca mais o encontrei. Com a tua permissão, julgo que não te importas, vou colocar esta lista no meu blog.
Porque dizes que os enófilos não suportam o Monte Velho, vinho de um produtor que patrocinou recentemente um concerto de música pop numa tentativa de aproximar o vinho às camadas mais jovens, acho uma atitude inédita e louvável. Vamos aumentar o número de consumidores para os baixarmos os preços.
Abraço
Caro Fernando,
digamos que no meio enófilo o Monte Velho é tratado de forma jocosa e representa tudo o que é fácil, imediato, de agrado generalizado, ou seja, é como um amante de música pop/rock alternativa que goza com a Shakira, Bon Jovi e outros grupos comerciais. Vendem demasiado :)
Um abraço,
RC
p.s. ao utilizares a lista no teu blog, agradecia que resalvasses o facto de ser uma recomendação com base apenas e só no gosto pessoal dos provadores.
fiquei sem argumentos para defender o Monte Velho....é que também eu gozo com a Shakira...
Caro Fernando,
eu fui um dos que provou o Esteva no trimestre passado e lhe dei as baixas notas a que te referes, confesso que não gostei mesmo do vinho, principalmente o de 2002, que não percebo como ainda se lançam no mercado vinhos assim, álcool, álcool e mais álcool, sem estrutura nenhuma que o suporte, a única coisa interessante é que realmente cheira a esteva, o que também não será o mais agradável num vinho. Reparei ao "folhear" o teu blog que o Esteva está a 15€ no Las Brasitas, confesso que continuo chocado com os preços que ainda se praticam por alguns restaurantes.
Juntando-me à conversa do Monte Velho, confesso que o acho dos vinhos mais honestos do mercado, ou seja, é um vinho bem feito mas sem qualquer tipo de preconceitos e com um preço imbatível. Conheço muito boa gente que começou a beber vinho com Monte Velho, este vosso amigo aqui é um deles, já lá vão uns 10/11 anos.
Queria também deixar aqui uma outra nota resultante do folhear do teu Blog, parece que fomos colegas de faculdade... tu, eu, o Rui e o Nuno.
Um abraço,
RR
Aconselho-os a minha ultima descoberta.
GROU 2
"show di bola" diria o outro ;)
Boas,
Dá-me mais uns anos e uma centenas de garrafas de vinhos e quando voltar a provar um Esteva talvez tenha uma analise diferente.
Foram 15€ e era o mais barato....
Hum.. colegas da faculdade? Estas a brincar? ISCTE curso de OGE?
Abraço
Fernando,
Nós os 3 somos de IGE.
RR
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