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segunda-feira, maio 28, 2007

Vinho do Porto “Fora de Prazo”

Motivação
Questiono os apreciadores e consumidores de vinho do porto, e em especial de vintages, quantas vezes compraram garrafas desse vinho, e quando o provaram foi uma grande desilusão, acrescido do sentimento de terem sido “enganados”?

Pois é, a mim acontece com alguma frequência, e é o que me leva a escrever este post.

O que eu noto, é que há muito vinho à venda em garrafeiras que “passaram o prazo” e continuam à venda, quando em princípio não o deveriam. Eu compreendo que essas garrafas foram um investimento para a garrafeira, e que não podem retirá-las da venda, mas isso também não é nada justo para o consumidor final. O consumidor não tem que pagar a factura destas garrafas!

Solução
Penso que pelo menos o consumidor deveria ter a informação do estado do vinho que está à venda, e essa informação teria que vir do produtor, ou de uma entidade que mantivesse essa informação centralizada. Seria bom para o consumidor, porque não bebia vinho “fora de prazo” a não ser que quisesse, e seria também benéfico para o produtor porque não sofreria de má publicidade através destas experiências negativas.

35 comentário(s):

João de Carvalho disse...

É por isso que só compro em locais que conheço, e se não estiver em condições trocam. A isto se chama manter os clientes.
Claro que não vou devolver a garrafa a meio.

E já agora, será que quando se compra um Vintage de 1960 ou 1940 o consumidor também não está a assumir um risco ? Será que a culpa é toda do vendedor ? Não me parece.

Cristo disse...

No caso de ser desses anos sim há um risco, mas mesmo assim penso que deveria haver informação ao cliente.

Recentemente adquiri 2 garrafas vintage 1991 e 1994 de um produtor com reputação. São relativamente recentes, e no entanto considero que estavam completamente "fora de prazo". Provei, não gostei, e coloquei as garrafas de lado. Que desperdício. Beber um vintage "fora de prazo" não é uma experiência agradável!

O problema é que se houver essa informação ao consumidor essas garrafas não são adquiridas, o que não convém nada a quem vende. Só acho é que não deve ser o consumidor a pagar a factura...

João de Carvalho disse...

Pois, nessas situações é muito chato, mas talvez as condições de guarda não tenham sido as melhores... e porque não trocaste as garrafas ?

Os produtores não fornecem informações, mas os donos das garrafeiras também não provam os vinhos para saberem como estão de saúde... quem perde sempre é o consumidor que compra e acabar por perder, vontade de voltar a comprar e uma ideia errada dos vinhos em questão.

Faz pouco tempo a RV fez um comparativo de Vintages 94, o curioso foi que os vinhos não apresentaram valores finais, ou seja não tivemos direito a nota. Um vinho pode estar no ponto, mas tem quanto ? 17 , 14, 15 ?

Anónimo disse...

Em primeiro lugar eu gostava de saber o que era isso de vinhos do Porto «Fora de Prazo».
Em segundo, convém recordar que o objectivo de um Porto Vintage (PV) é precisamente sua evolução.
Não se estará dando o caso de, também aqui, face a anteriores demonstrações de amor tão incondicionais a PV novos, o que se estará a recusar é mesmo a evolução natural do vinho?
Só estou a perguntar, certo?
Por último, tenho por mim há muito que em produtos maduros como o PV não há pechinchas. Quer isto dizer que ou compramos as garrafinhas em novo e as deixamos envelhecer lá em casa ou então arriscamo-nos a pagar pipas de massa quando as encontrarmos depois disponíveis. Se elas aparecerem baratinhas, é sempre de desconfiar.
É por estas que eu também acho que a RV fez bem em omitir a classificaçãos dos vinhos PV de 94. Doutro modo o que se estava a classificar afinal?

Cristo disse...

Boa noite jgr.

A expressão "Fora de Prazo", utilizo para denominar um vinho que tenha evoluído no mau sentido, e que fica descaracterizado das principais virtudes de um bom vinho, neste caso do porto.

Posso-lhe dizer que um dos vinhos que mais gostei (do meu top 3) foi um Ramos Pinto de 1880. Que belíssima "pomada"! Outro que gosto muitíssimo é o Fonseca 1985. Por isso não aprecio só vinhos novos.

Se quiser saber na prática o que quero dizer com a expressão que leva o nome deste post, experimente por exemplo o Taylors 1985, ou o Guimarães 1986. E se possível, compare-o com o Fonseca 1985 (este sim evoluiu no sentido correcto...).

rui disse...

Caros,

O Cristo, antes de fazer o post, já me tinha exposto este (seu) problema com a compra de vinhos vintage com idade (assuma-se aqui, tudo o que tenha mais que 4/ 5 anos de mercado). Ao discutir o assunto com ele, abordei alguns dos aspectos aqui já referidos:

1. Processo Evolutivo

Como disse o João, realmente quando estamos a comprar um vintage com idade, estamos a comprar o desconhecido. A incógnita. Porventura, há quem considere esse mesmo facto um dos aliciantes da compra.

Não é possível haver um “atestado de consumo” para todas as garrafas à venda e mesmo que as revistas da especialidade façam provas de tempos a tempos para monitorizar a evolução, ninguém nos garante que aquelas que nós compramos estão iguais às que são provadas nos painéis. Geralmente as provas são feitas com vinhos fornecidos directamente dos produtores ou de garrafeiras mais selectas que tiveram com os vinhos um nível de cuidados/acondicionamento que a maioria das garrafeiras e nós consumidores não conseguimos reproduzir. Por isso, a realidade raramente bate certo com o artigo de papel.

Eventualmente, se houver uma relação de confiança com a garrafeira, essa “má” compra pode ser amenizada. Para quem não tem essa relação: azar!

Por exemplo: aconselho a jamais comprar vintage, ou mesmo LBV, que não tenham acabado de sair para o mercado, em hipermercados.


2. Gosto/ Capacidade de Prova

Decorre do ponto anterior que o processo evolução torna o vinho diferente (e muito diferente) do vinho que era aquando do seu lançamento. Quem é apreciador deles novos (e tb o sou, e muito apreciador) é normal que “estranhe” a sua evolução (que como o dicionário nos diz: pode ser positiva ou negativa). Para quem na vida só tenha provado vintage com mais de 20 anos, por exemplo, é normal que não goste de vintage novo. É o chamado gosto adquirido por habituação, e é válido para todas as coisas quer seja vinho ou não.

Dizem tb os especialistas que abrir um vintage de idade é diferente de abrir um vintage novo. Existem questões como, repouso da garrafa dias antes, tempo de decantação, temperatura de serviço, etc. Toda esta parafernália de cuidados ajuda a, por um lado, dificultar a prova do vinho nas mais perfeitas condições, e por outro lado, tem o efeito profilático de garantir à partida uma desculpa para uma eventual decepção (“alguma coisa falhou!”).

Quem não é um especialista ou consumidor habitual de vintage velhos tem naturais dificuldades em diferenciar um vinho num estágio qualquer de evolução normal de um vinho “passado” ou moribundo. Eu assumo que tenho.


3. Preço

O preço é um dos melhores indicadores. Como o JGR disse, e quem acompanha os preços dos vintages sabe, os preços das diferentes marcas de vintage têm uma enorme variação quanto mais idade o vintage tem porque esse preço acompanha/reproduz a evolução do vinho. Isto acontece mesmo dentro da mesma marca. Se olharmos para uma das marca mais importantes, a Qt do Noval Nacional, vemos que certos anos até estão a preços comportáveis para uma bolsa média e existem anos que mesmo as bolsas mais ricas pensam duas vezes. O próprio mercado faz essa monitorização. As pechinchas são à partida de evitar. O barato sai caro. No entanto, para quem não tem muito dinheiro para gastar é a essas que recorre, saindo amiúde escaldado.

Permitindo-me uma metáfora automobilística, entre um Scoda novo e um Audi da mesma gama novo, a diferença de preço é acentuada e se formos ver os pormenores percebemos que existem diferenças de qualidade de construção. Mas enquanto novos, na prática as diferenças não são assim tão escandalosas (ambos andam sem dificuldades e comprem o seu papel). No entanto, uns anos mais tarde é que as diferenças se começam a perceber com efeitos claros na durabilidade, fiabilidade e no preço de retoma. Este conceito é-nos mais ou menos familiar no mercado automóvel mas não é no mercado do vinho Porto. Aconselho por isso a comprar carros novos (cuidado que mesmo em novos, existem certos carros que não valem grande coisa) ou a comprar em segunda mão, optem pelos Audis (de preferência de vendedores certificados pela marca).


Eu, por tudo isto que referi em cima, apenas compro vinhos novos. Tenho umas quantas garrafas a estagiar mas poucas e apenas para efeitos pedagógicos pois a esperança numa evolução positiva, que torne um vintage que adorei em novo ainda melhor, é pouca. Apenas, os vintages impróprios para beber em novos (demasiados taninosos, agressivos, alcoólicos) têm beneficiado com o estágio (passados 2/3 anos, domesticam-se um pouco), mas esse benefício provém mais da “deficiências” que tinha enquanto novos.

Existem depois os casos raros e extraordinários (como por exemplo, um vintage da idade da fundação da Ramos Pinto – cerca de 120 anos – que tive o prazer de beber numa prova especial do Encontro do Vinho e Sabores há uns anos com o Cristo) que fazem a maiorias dos apaixonados sonharem e “enterrarem” alguns centenas/milhares de euros em caves escuras à espera do jackpot. Mas isso é próprio da definição de apaixonado – ser irracional.

Um abraço,
RC

p.s.(1) A questão de não haver notas das provas de vintages de 1994 ou das provas de 10 anos que são feitas aos vinhos tintos pela RV é uma coisa que tb me atormenta e, tenho para mim, que se isso fosse feito e posto lado a lado a nota do antes e depois, acabava com a quimera da evolução do vinho a muita gente. Tb não me convence a ideia de que os vinhos não se podem avaliar. Porque não? Peguem na escala e avaliem segundo os critérios que lá vêm definidos. Esqueçam o “antes” e façam uma prova cega como se lhes fosse dado para provar um conjunto de vinhos sem “história” anexada. Devia ser um espectáculo digno de se ver. ;)

p.s.(2) desculpem o tamanho do comentário mas entusiasmei-me. É para compensar o facto do meus últimos posts mais fraquinhos. Têm leitura para 15 dias. :)

Anónimo disse...

Caro Cristo

Percebi o seu ponto de vista. Mas quantas garrafas abriu desse Taylors ou desse Fonseca Guimaraens? Que garantias tem você que essa «evolução» será comum a todas as que estão no mercado ou nas garrafeiras de outros consumidores?

Caro Rui

Estou de acordo em cerca de 2/3 do que disse. Não o acompanho de todo na pouca fé que revela na evolução de PV grandiosos. Acho que ao despachá-los todos na infância sacrifica muito do prazer que poderia ter com eles no futuro. E sobretudo não acho que a regra de guardar só os «problemáticos» seja avisada. Mas aqui cada um sabe de si, não é?

PS. Penso que a revista em questão publicou notas de prova, O que não deu é classificações. E concordo. Pelas razões que todos já aqui explicaram: colar uma nova classificação a uma garrafa 10 anos depois é tudo menos informação fiável.

rui disse...

Caro JGR,

Repara que eu não digo que um vinho com idade não me possa dar prazer (ou mesmo muito prazer). Eu que eu digo é que muito difícil um vintage que em novo seja muito bom, e que eu tenha adorado, consiga evoluir, num espaço de tempo em que ainda eu esteja em condições de prová-lo, para algo ainda melhor. Esses casos são raros. É como jogar no Euromilhões. Ou seja, o que eu discuto é uma evolução para melhor (ou muito melhor) de algo que já acho muito bom. Acredito que possa evoluir para algo diferente que também dê muito prazer mas vale a pena o risco? O vinho pode estragar-se ou pode evoluir de forma errada. Se chegar a provar, posso não gostar ou posso ter uma trombose e não chegar a provar as garrafas que andei a guardar durante 20 anos na arrecadação. Os meus filhos não dão valor e mandam tudo para o lixo para arranjarem espaço para guardar as bicicletas de montanha (essas máquinas do inferno).

Como não tenho muitas, prefiro não arriscar. A outra hipótese, é comprá-las já envelhecidas mas como vimos anteriormente isso é como jogar na Lotaria.

Um abraço,
RC

p.s. Quando me referi às notas para os vinhos com 10 anos queria referir-me às classificações (15,16,17, etc). Contínuo não convencido. Então escrever uma descrição de prova em que se diz que um vinho que está no ponto óptimo consumo, ou que ganhou um bouquet extraordinário com o tempo, ou que vinho está morto e que se aconselha o consumidor a desfazer-se das garrafas que tem ou a beber o que tem porque o vinho já está na fase descendente, é fiável, e colocar um 14 ou 15 ou 17 ou 18 a acompanhar o texto, já não é? Aliás, da forma como eu coloquei a coisa, os provadores nem precisavam de saber que se estava a avaliar vinhos com 10 anos. Eram apenas vinhos.

Anónimo disse...

Caros,
da minha pouquíssima experiência com vintages só gostaria de deixar uma nota que é o facto de bastantes autores e imenso produtores referirem que os Vintages por vezes passam por fases ditas "estranhas" "esquisitas".

Por exemplo foi-me dito pelo Dirk Niepoort q os Vinateges dele de 94 estão numa fase bem esquisita mas que acredita que vão evoluir positivamente. Será temporário? É um risco? Sim mas isso também, na minha humilde opinião, tem graça, piada e espírito do vinho.

Boas provas!

Cristo disse...

Caro jgr,

Em relação ao Taylors bebi uma, e do Guimarães bebi 2 compradas em garrafeiras diferentes.

Caro Chapim,

Tocaste no ponto.

Essa informação do Dirk sobre os seus vinhos de 94 deveria passar para o consumidor.

Desta forma o consumidor pode optar por comprar, mas sabe que se abrir naquele momento vai beber um vinho que não está nas condições adequadas para ser apreciado.

De qualquer forma eu falo de vinhos com mais de 20 anos, que supostamente já passaram essa fase "estranha" que praticamente todos os vintages passam. Na minha opinião há vinhos que entram nessa fase estranha para nunca mais sairem de lá, continuando a ser comercializados... com o "consentimento" dos produtores e vendedores, passando para o consumidor a factura do "fracasso" desse vinho...

rui disse...

Caro Chapim,

Como canta o outro “ Eles não sabem nem sonham que é o sonho que comanda a vida”. É o sonho que faz o homem andar para a frente. Neste caso o sonho e risco andam de braço dado. Mas para que esta relação dê certo e seja douradora é preciso que ambos os elementos do “casal” ganhem bem. Sem dinheirinho não se pode arriscar e acaba por morrer o sonho. Eu se tivesse dinheiro também arriscava às caixas. Ainda assim não me posso queixar muito pois a minha vida permite-me um ou outro excesso.

Repara que o conceito de guardar vinho para evolução só faz sentido para quem consegue comprar/produzir mais do que consome. Para todos os outros (aqueles que consomem menos do que compram /produzem) este é um tema que nem lhes passa pela cabeça.

Não querendo passar a ideia de sindicalista ou marxista mas, historicamente este conceito está associado às classes mais ricas e é hoje potenciado pela nossa sociedade moderna onde o consumo, o coleccionismo, o status, a originalidade, a diferenciação, são valores sobrevalorizados levando-nos cada vez mais a comprar mais do que consumimos, a ter mais prazer na compra e na posse do que na utilização, a querer o que é mais raro e mais difícil de encontrar, o que dá mais prestigio, a fazer aquilo que os outros não fazem, a gostar do que os outros não gostam e a mostrar aquilo que temos que os outros não têm. Eu, ao escrever isto, caio na “armadilha”de querer escrever aquilo que os outros não escrevem. Ninguém escapa. Eu derrubo todos os pinos atrás enunciados.

Quero, com esta conversa toda, lançar a seguinte ideia: a maioria de nós tem a ideia da evolução do vinho como uma ideia “superior” que nos remete para valores, desejos e sonhos que vamos adquirindo ao longo da nossa vida em contradição com aquilo que realmente os resultados, as evidências e as estatísticas nos dizem. É a poesia contra a matemática. E quem é que não quer ser poeta. Ser matemático não é cool e é para geeks*.

Um abraço,
RC

* desculpa Pingus mas não é só o Ministro Mário Lino que tem direito a metáforas infelizes. :)

Anónimo disse...

Caro Rui,

eu como mero apreciador de vinhos e ainda por cima de 27 anos, percebo perfeitamente o que dizes sobre o excesso de sonho que talvez se ponha na evolução e guarda de vinhos. A minha situação financeira não me permite sequer excessos avultados, ficando para alturas de celebração esses excessos, mesmo assim muito contidos. Tudo o que compro bebo.

Agora, aquilo que sinto é que as garrafas empoeiradas, quase míticas descobertas numa cave arejada fazem-me sonhar. É toda uma história que vem com aquele vinho. Nunca descobri nenhuma pérola mas gosto de imaginar que ainda as vou descobrir.

Agora considero que para comprar vinho com alguma idade deve-se ter uma relação de confiança com o vendedor, tentar saber o mais possível sobre o vinho em questão junto dos produtores e sobre as garrafas em questão junto do vendedor.

A realidade é a que dizes mas todos gostamos de por vezes (e principalmente isto acontece antes de olhar para os preços...) sonhar e ser poeta. Ou mesmo matemático que para mim tem muito de sonho e inspiração tal como a poesia.

Boas provas!

Anónimo disse...

Rapazes, quer queiram ou não há vinhos que nasceram para evoluir.
Quem já provou os gran cru de Bordéus sabe que é muito giro degustá-los em primeur como o faz o Luis Antunes na última RV mas no ano em que os vinhos são apresentados aos marchands e jornalistas os vinhos são imbebíveis. Ninguém vai dizer que agora é que os 2005 se devem beber! O mesmo se passa na Borgonha. Ou experimentem um Barolo novo, por exemplo. Saem de lá com a garganta arranhada.
Em Portugal temos alguns vinhos, poucos, assim. Um bom Bairrada feito de Baga à moda tradiconal com engaço, é uma coisa para barbas muito rijas e que o tempo vai amaciando.
No caso dos PV, nós agora temos uma sorte incrível. É que os podemos já beber em novos. Até há uns anos isso era impensável. E até já dão prazer. E alguns, pelos vistos, até os preferem assim, tenrinhos e imaturos. Seja, as casas de Porto agradecem. Mas continua a ser um vinho que é feito, pensado, desenhado, produzido para evoluir. Aliás, os críticos que conheço quando avaliam PV novos, um dos factores mais valorizados é o seu potencial de evolução (ou aquilo que se pensa ser esse potencial).
Portanto, IMHO que vale o que vale, como é evidente, não se trata tanto de «sonhar e ser poeta» mas de aproveitar o melhor que os produtos têm para dar.
Como em tudo na vida, haverá alguns - vinhos - que nos desiludem e não chegam lá. Mas são excepção. E confirmam a regra.

rui disse...

Caro JGR,

O teu comentário segue o meu raciocínio. Os vinhos que são para evoluir (por tem mesmo que ser) são aqueles que são imbebíveis em novos. Eu referi isso mesmo no primeiro comentários que fiz. Até referi que o beneficio da evolução resulta das “deficiências em novos. Como é evidente parece-me que se passarmos de uma coisa que arranha a garganta em novo para algo que já se consegue beber passados uns anos então, isso é uma evolução positiva . Isso nem tem discussão. Tudo o que vier é ganho! Aliás, tenho para mim, que muito do conceito de evolução surge pela necessidade de “domesticar” os vinhos difíceis que a enologia moderna cada vez faz menos.

O que sempre discuti foi a evolução positiva de vinhos que já são extraordinários em novos. Desses é que vale a pena discutir. Os outros dou de barato que melhoram (segundo a descrição que fazes dos Bordéus e Barolos, parece-me que não têm outro remédio).

Confesso que não percebo o que é “chegar lá” para um vintage. Chegar a onde? Ou o objectivo é apenas “durar” tempo. O melhor é que aquele que aguenta mais tempo sem ser vinagre? Ou que aguenta mais tempo num estado em que ainda consegue dar algum prazer a beber?

Eu só percebo o “chegar lá” se este for: chegar a evoluir para algo extraordinário e que seja muito melhor do que era em novo. E se assentarmos que é este o conceito do “chegar lá” então as nossas opiniões são totalmente opostas: se bem percebi, tu consideras a excepção os vintages não chegarem lá e eu considero que “chegar lá” é que é a excepção.

Vejam as estatísticas: peguem em todos os vintages declarados nos últimos 30/40 anos (retirem os últimos 10 anos que ainda não tiveram tempo de sequer estarem em condições de “chegar lá”), contem o nº daqueles que a crítica mais ou menos aceita que “chegaram lá” , e por fim dividam esse nº pelo total de vintages declarados: atingem uma percentagem. Estou convencido que seria uma surpresa para muita gente. E quantos mais anos abarcássemos no estudo maior a surpresa.

Se os casos de sucesso não fossem uma excepção não atingiam os preços que certos vintages atingem, não seriam os objectos de desejo que são e não fariam sonhar a comunidade enófila. Seriam a banalidade, a normalidade, o corriqueiro, o fácil e consequentemente sem valor. Ora, concordamos que não é isto que acontece ou não?

Um abraço,
RC

Anónimo disse...

Boas, meus amigos, peço desculpa intrometer-me na vossa interessante conversa, acho que a questão da evolução do PV, é o ponto chave da questão, se fosse previsivel então, todo o mistério, a paixão, em redor dos PV, não existiria. Eu sou novato, nisto dos PV, mas pelo li é que esta coisa de beber os PV em novo é recente, uns gostam, outros não. Tenho 154 Portos Vintage, de tudo o pouco, mais de 1997,2000 e 2003, porque começei a interessar-me por isto a um ano, é uma paixão um vicio. Cada abertura duma garrafa é um mistério, uma ansiedade e paixão. Provei agora, o Quinta do Portal 2004, achei muito bom, comprei seis garrafas, se vão evoluir para melhor ou pior não sei, mas é ai que esta a emoção, é um jogo, se evoluirem para melhor, perfeito, senão paciência, existem tantos outros anos e produtores para experimentar. Até porque isto é tudo muito relativo, cada um tem os seus gostos, os grandes especialistas podem achar um vinho maravilhoso, e eu não lhe achar piada nenhuma.

rui disse...

Caro Francisco Brito,

Bem-vindo ao nosso blog e desculpa o facto de ninguém te ter ligado nenhuma. Não me apercebi que havia aqui outro comentário.

Que posso dizer senão que concordo inteiramente com o que dizes. Se me permites, é coerente e semelhante ao que defendi nos comentários anteriores e ao longo de ano e meio de blog.

Um abraço,
RC

maria disse...

boa noite acabei de provar um vintage de 1900 esta excelente ,e como ja li as mensagens anteriores acho que nenhum destes senhores percebe alguma coisa de vinho do porto pois, este nectar e diferente de todos os outros ou seja mais complexo assim determino que nao saibam o que dizem,como por ex vinho do porto fora de prazo ,que asneira ,nao existe

rui disse...

Cara Maria,

é raro termos comentários femininos, o que muito me entristece. Agora que temos um, está impregnado de uma certa impulsividade que não o favorece.

Vamos por partes. Acredito que muitos dos que escreveram aqui nos comentários já tenham provado vinhos com essa idade que até estavam excelentes. Eu já o fiz e até com mais idade. O contrário também é verdade. Vinhos muito mais novos que não valiam nada.

Não sei se é experiente em provas de vinhos do Porto, desta ou de outras idades, ou se apenas baseia a sua opinião numa única prova? Pergunte à pessoa que lhe proporcionou a prova se todas as garrafas que abre com essa idade estão iguais? Ou até com idade inferior?

Se lesse a vasta bibliografia que existe sobre vinho do Porto, notas de prova verticais da mesma marca ou horizontais de marcas diferentes, saberia que nem todos os vinhos do Porto aguentam a passagem do tempo. A maioria até fica pelo caminho. Só alguns, e daí o valor que têm, evoluem para coisas extraordinárias.

Aliás, se acompanha a Rev. de Vinhos, no nº209 (Abril/2007), os provadores da mesma (e tb não me diga que não percebem nada de vinho do Porto) fazem o diagnóstico da colheita de 1994. Deixo-lhe um cheirinho do Barros 94 - "Evoluído na cor, revela já algum cansaço, melhora na boca mas está delgado, com taninos um pouco em suspenso. Tem de ser bebido agora já não evoluirá para melhor." Ora, estamos a falar de um vinho de 12 anos, jamais chegará aos 100. Era, este o sentido do "fora de prazo" do post.

Aconselho-a sinceramente a provar mais e a ler mais. Não se precipite na tirada de conclusões com base numa única prova. Compreenda que nós não sabemos tudo, nem estamos sempre certos, mas tb não somos tolinhos.

Um abraço,
RC

Anónimo disse...

Caros,
Nesta época de Páscoa, a confissão da Maria teria que dar direito a 10 Avé-Marias e a 5 Pai-Nossos.
De facto, a expressão "fora de pazo" continua a indignar muita gente. Bastaria definir um VP como um organismo vivo, diferente em cada corpo (leia-se garrafa).
Continuação de boas conversações.

maria disse...

sou um colecionador e um provador que me considero acima da media no que diz respeito a vinho do porto pois provo pelo menos uns 10 por dia,no total do 10 dará mais ou menos 1 copo li muitos comentarios e o tema é fora de prazo,pois queria deixar aqui a minha opiniao ,o porto é um vinho unico,só existe alí, meus senhores nao sabem o que dizem fora de prazo ele é sim muito complexo nao possuo cerca de 3000 garrafas e nunca encontrei nenhum mau faam fora de prazo do ano 1994 nem pemsar ainda para mais talvez a melhor colheita do seculo

maria disse...

sou um colecionador e um provador que me considero acima da media no que diz respeito a vinho do porto pois provo pelo menos uns 10 por dia,no total do 10 dará mais ou menos 1 copo li muitos comentarios e o tema é fora de prazo,pois queria deixar aqui a minha opiniao ,o porto é um vinho unico,só existe alí, meus senhores nao sabem o que dizem fora de prazo ele é sim muito complexo nao possuo cerca de 3000 garrafas e nunca encontrei nenhum mau faam fora de prazo do ano 1994 nem pemsar ainda para mais talvez a melhor colheita do seculo

maria disse...

queria dizer que esta senhora maria tem a meu apoio pois acho que nao a vinhos maus apenas a uns que sao melhores no porto entao e logico.dizer ainda que li um comentario um pouco mau dum senhor acerca da opiniao da maria que eu nao partilho este senhor nao sabe que o vinho como ele proprio e um ser vivo que pode evoluir para melhor ou pior

maria disse...

ja agora estes comentarios nao sao da maria como aparece mas sim meus rui ferreira estes 3 comentarios

Anónimo disse...

boa tarde eu tenho um vinho do porto chamado porto velho ano de 1872 de adriano ramos pinto aceito ofertas para igoraraujo20@hotmail.com
obrigado

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Налоговики - миллионеры... БУСАРЕВ ВЯЧЕСЛАВ ВАЛЕНТИНОВИЧ Украина, АР Крым, г.Симферополь.

Не для кого не секрет, что экономика Украины в настоящее время находится в кризисе. Не смотря на это, есть специалисты, которые под ширмой государственных служащих работают против государства, которое доверило им занимать высокие должности, оплачивает достойную заработную плату, но …?!
Одним из таких деятелей, является БУСАРЕВ ВЯЧЕСЛАВ ВАЛЕНТИНОВИЧ - председатель налоговой службы АР Крым. Личность, которую можно поставить в пример многим политикам, ведь Вячеслав Бусарев получил старт в карьере государственного служащего когда у власти была Партия Регионов, однако, остался при должности и до настоящего времени, когда Партия Регионов находится в оппозиции, а все почему?! Все очень просто, В.Бусарев работает на свой карман, а не для бюджета Украины, «кормит» вышестоящее руководство ГНА Украины и остается «своим» при любой власти в стране. Перейду к конкретике, подтверждающей все выше изложенное.
Существует такое понятие «налоговая яма», это предприятие, которое создает затратную часть предприятий-контрагентов посредством предоставления им налогового кредита. Проще говоря, помогает предприятиям контрагентам завышать свои затраты, тем самым минимизируя уплату налогов в бюджет, а иногда при миллионных оборотах предприятий сводит уплату налогов в бюджет к нулю. Как Вы понимаете, деятельность таких предприятий должна быть незамедлительно пресечена налоговой службой, но, под непосредственным контролем В.Бусарева на территории АР Крым были созданы и помогали скрывать налоги предприятиям Крыма и некоторых регионов Украины следующие «налоговые ямы»:

ЧП «Зовик» (код 24504001);
ООО «Энерго-ВАН» (код 32153280);
ООО БК «Абрис-груп» (код 33608264);
ООО НТК «Энерго-тайм» (код 33898770);
ООО «Фотон 102» (код 34861343);
ЧП «Керчмет» (код 34908260);
ООО «Партенитинвест» (код 34938871);
ЧП «СЛС-груп» (код 35736934);
ООО Салтовский хлебзавод» (код 36165787);
ЧП «БУД-ТИС» (код 36165420);
ООО «Тенси» (код 36165070);
ЧП «Крым-строй-ТИС» (код 36165106);
ЧП «БУД-Т.И.С.» (код 36165394);
ЧП «ТИС» (код 36165064);
ООО «Т.И.С.-строй» (код 36165038);
ЧП «Тисстрой» (код 36165148);
ЧП «Крымтисстрой» (код 36165174);
ООО «Южсаппорт» (код 36275069);
ООО «Латем плюс» (код 36275121);
ЧП «Крым строй поставка» (код 36478440)
ООО «Консалавто» (код 36478990);
ЧП «Сервис-Крым-Сбыт» (код 36583473);
ЧП «Крым-Сервис-Сбыт» (код 36583447);
ЧП «Сбыт-Крым-Сервис» (код 36583384).

Почему то, при якобы тотальном контроле со стороны налоговой, указанные выше субъекты без проведения проверок перестают работать, а на их месте создаются в один день от трех до пяти подобных предприятий, при чем регистрируются в один день, на одних и тех же лиц, также в один день выдается свидетельство плательщика НДС, при отсутствии расчетных счетов в банках.
Все вышеуказанные предприятия «помогли» своим контрагентам скрыть от налогообложения сотни миллионов гривен, а это бюджетные деньги страны. Соответственно, за «спасибо», т.е. бесплатно, указанные предприятия не существовали бы. Поэтому предприимчивый В.Бусарев обложил данную деятельность «налогом в свой карман», а именно, ставка этого «налога» составила 0,8% от валового оборота деятельности каждого из указанных предприятий, а это в итоге миллионы гривен. Но, как Вы понимаете, без поддержки сверху, такая «деятельность» не существовала бы. Поэтому В.Бусарев должен отдавать некоторую часть денег заместителю ГНА Украины В.Кайзерману, который взамен, за это поддерживает В.Бусарева и ежемесячно либо снижает планы поступления налоговой Крыма в бюджет, либо при угрозе его невыполнения корректирует в сторону уменьшения.
На указанном примере работы В.Бусарева, становится понятно, каким образом налоговики становятся миллионерами.

poio humano disse...

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