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terça-feira, agosto 07, 2007

Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados

Segundo o regulamento do concurso seriam distribuídos três galardões:
1. 87 a 100 pontos - MEDALHA de OURO, com Diploma
2. 78 a 86 pontos - MEDALHA de PRATA, com Diploma
3. Prémio PRESTÍGIO por categoria, que em sede de Júri Final, seja escolhido e classificado entre os Medalhas de Ouro.

Apresento os prémios relativos aos Prémios Prestígio e Medalha de Ouro. Podem encontrar os Medalha de Prata no mesmo sítio de onde retirei a restante informação (http://www.sitiodovinho.com/cnve_resultados.html).


Prémios Prestígio
[Branco] Dona Ermelinda 2006
[Tinto] Qta Seara d'Ordens Talentu's 2005
[Tinto] Herdade do Meio Garrafeira 2003
[Tinto] Consensual 2003
[Tinto] Vale de Rotais 2004
[Tinto] Castelo Rodrigo T. Nacional 2004
[Fortif.] Vista Alegre Late Bottled Vintage-Porto 2001
[Fortif.] Taylor's Qta de Vargellas Vintage-Porto 2004
[Fortif.] H & H Malvasia 15 Anos-Madeira 15 A
[Fortif.] Venâncio da C. Lima Superior-M.de Setúbal 2000


Medalhas de Ouro
[Branco] Alfaraz Reserva 2005
[Branco] C.Privada Domingos S. Franco - Verdelho 2006
[Branco] Monte do Limpo Reserva 2006
[Branco] Quinta da Alorna Reserva Arinto/Chardonnay 2006
[Branco] Roquevale 2006
[Branco] Herdade do Pinheiro 2006
[Branco] Esporão Reserva 2006
[Branco] Quinta da Alorna Reserva Chardonnay 2006
[Branco] Comp. das Lezírias Arinto 2006
[Branco] Monte da Ravasqueira 2006
[Branco] Soutinho 2006
[Tinto] Fiuza Cabernet Sauvignon 2005
[Tinto] Comp. das Lezírias Cabernet Sauvignon 2005
[Tinto] Caves Bonifácio Alicante Bouschet 2005
[Tinto] Qta do Infantado 2003
[Tinto] Alfaraz Cabernet Sauvignon 2004
[Tinto] Falcoaria 2004
[Tinto] Vale Barqueiros Reserva 2005
[Tinto] Mark Stephen Schultz Reserva T. Nacional 2005
[Tinto] Casa Ermelinda Freitas T. Nacional 2004
[Tinto] Vinha da Defesa 2005
[Tinto] Casa Ermelinda Freitas Alicante Bouschet 2004
[Tinto] Fonte das Moças Reserva 2004
[Tinto] Qta Seara d'Ordens Reserva 2004
[Tinto] Pontual Reserva 2004
[Tinto] Herdade do Meio 2003
[Tinto] Qta das Estrémuas T. Nacional 2004
[Tinto] Dorina Lindemann Reser. Arag./Touriga N. 2004
[Tinto] Herdade da Comporta 2004
[Tinto] Vineaticu 2005
[Tinto] Quinta do Cachão Touriga Franca 2004
[Tinto] Casa da Ribeira T. Nacional 2004
[Tinto] Casa Ermelinda Freitas Syrah 2004
[Tinto] São Domingos 2004
[Tinto] Torre do Frade Reserva 2004
[Tinto] Fiuza Premium 2004
[Tinto] Pontual Syrah 2004
[Tinto] Falcoaria Reserva 2005
[Fortif.] Qta do Infantado LBV-Porto 2001
[Fortif.] Justino's Old Reserve 10 Anos-Madeira 10 A
[Fortif.] Fragas-Moscatel do Douro S/D

A primeira coisa que nos chama a atenção neste certame é o nome. “Concurso Nacional”. O nome carrega em si uma importância nos leva a considerar este o derradeiro concurso. Talvez a sua maior valia torna-o prisioneiro de uma enorme responsabilidade e expectativa: “ é agora que vamos saber quais são os melhores!”.

Ora, quem anda mais atento a esta coisa das marcas, ao olhar para os prémios prestígio (o topo do topo), não pode senão ficar surpreendido. Nos brancos: o Dona Ermelinda 2006? As outras categorias apesar de menos escandalosas ainda assim conseguem facilmente provocar-nos um sorriso de orelha a orelha.

Neste concurso mais importante que saber quem participou, é saber quem não participou. Se de repente nos dissessem que o campeão nacional de futebol foi o Leixões, que perguntas faríamos? O que se tinha passado? Se descobríssemos que o Benfica, Sporting e Porto não tinham participado por discordâncias com a organização ou por não reconhecerem validade da prova, ainda assim o Leixões tinha mérito? O mesmo mérito?

Dirão os mais atentos e menos convencidos:”Este argumento é falacioso. Não são situações comparáveis. Neste concurso os vinhos são classificados independentemente dos participantes. 90 pontos são 90 pontos!” Será? Poderá ter sido a pontuação ajustada para a média qualitativa dos vinhos em concurso? Que imagem passaria do mesmo se este chegasse ao fim sem prémios prestígio e com apenas meia dúzia de medalhas de ouro atribuídas? Será que esta minha obsessão em dizer mal de tudo e de todos, impede-me de aceitar tranquilamente que os vinhos tinham mesmo qualidade para atingir pontuações tão elevadas?

A divulgação deste evento não existiu. Ou melhor, existiu mas não foi porventura a desejada. O concurso foi efectuado em Maio, e apenas passados quase três meses sai uma pequena noticia nas últimas páginas da Revista dos Vinhos sobre os prémios prestígio atribuídos. Até o concurso de Vinhos do Baixo Alentejo teve a boa ideia de comprar uma página de publicidade na RV para divulgar os premiados do seu evento. Sim, não sejamos ingénuos, os produtores só participam neste tipo de certame para ganharem os dísticos, ganharem prestígio e reputação para os seus vinhos. Se o concurso passa despercebido, não causa impacto, não consegue produzir junto do consumidor a imagem de importância consentânea com o nome que ostenta, o futuro do "regresso" pode ser curto. Não é à toa que este concurso já não se realizava há 14 anos.

p.s. Curioso que a mesma edição da RV (Julho/2007), que noticia os prémios prestígio do referido concurso, também dá conta de um painel de prova dos vinhos tintos até 4€. No mesmo, o Castelo Rodrigo Touriga Nacional 2004, prémio prestigio (dos melhores entre o ouro) obtém a modesta classificação de 15 valores. Digamos que fica a meio da tabela. Dá que pensar, não?

19 comentário(s):

NOG disse...

Caro Rui,

Concordo com muito do que escreves, sobretudo com a questão de se saber quais os vinhos que não foram a concurso (onde estão os "grandes" nacionais?).
Mas o concurso estava bem organizado e parece-me (mais) uma iniciativa a louvar.

Nuno

PS: O premiado Herdade do Meio Garrafeira (T) 2003 é um vinho excelente.

rui disse...

Caro Nuno,

a questão de saber que vinhos não foram a concurso é tão importante como isto:
Como tu dizes "Onde estão os "grandes" nacionais? Só se sabe os prémios até à medalha de prata. Até pode acontecer que os chamados "grandes" nacionais tenham participado e não tenham chagado a atingir prata. Isso é que era giro. :)

Um abraço,
RC

p.s.(1) Quanto à organização não comento. Não assisti. Se me dizes que sim, acredito. Apenas comentei os resultados que é o que chega ao consumidor (simplesmente o que sou).

p.s.(2)Dos prémios excelência só provei o Taylor's Qta de Vargellas Vintage-Porto 2004. Comprei há dias o Talentus 2005. Facilmente aceito que os vinhos podem ser extraordinários. O que acho curioso é, a maioria dos casos, serem considerados, por malta supostamente entendida, vinhos medianos. Isso é que é noticia. Não é o facto do Rui de um tal blog vinhoacopo achar que um vinho merece ou não determinada nota.

NOG disse...

Rui,

Eu também acho que alguns dos vinhos premiados são vinhos pouco reputados ou conhecidos (alguns justamente, outros injustamente). quanto ao Talentus foi uma boa compra, é um óptimo vinho (16,5-17 na minha escala) e o Vargellas 2004 também (e aquele Garrafeira da H. do Meio que já referi).

Um grande abraço,

Nuno

Anónimo disse...

Sou muito critico dos consursos de vinhos em geral e então dos que se fazem em Portugal sou mais que demolidor. Não ponho em causa a honestidade das pessoas envolvidas mas questiono os métodos e sobretudo a utilidade (do ponto de vista do consumidor) das medalhas e distinções. Claro que para o produtor é sempre bom ter uma medalha qualquer mesma que seja de uma coisa que ninguém conhece - há sempre a hipótese de na hora da compra no supremercado o consumidor entre duas garrafas que não lhe dizem nada preferir aquela que tenha um autocolante. Por isso há concursos cuja principal receita é precisamente vender autocolantes. Precebem onde quero chegar?

Mas o ponto é outro: o facto de um vinho (mesmo no caso de ser o mesmo concurso!) ter uma medalha de ouro e outro ter a de bronze ou não ter nada não significa rigorosamente nada em termos e hierarquia pois os vinhos não foram provados pelas mesmas pessoas. É conhecido o caso daquele produtor que levou a concurso dois vinhos, o normal e o reserva e o primeiro veio com uma medalha de ouro e o segundo nem foi premiado. Claro que o segundo era imensamente melhor que o outro mas o juri onde ele foi parar não gostou, achou esquisito, se calhar fora do que seria de esperar e não lhe deu grande nota. E que fez o produtor, sem que o possamos censurar de nada? Esqueceu o reserva que até tem prestígio e valor e vende por si e foi colar o autocolantezinho da medalha de ouro no normal que o ajudará a vendar as muitas centenas de milhares de garrrafas que tinha lá paradas.
E mais, a seguir contrata uma agência de comunicação para inundar os jornais e revistas com um comunicado pomposo que o vinho xpto teve uma medalha de ouro no concurso y e que foi considerado um dos melhores do seu país, da sua região ou da sua freguesia.

Continuam a achar que faz sentido dar importância aos resultados dos concursos? Eu não lhes ligo nenhuma.

NOG disse...

Caro JGR,

Percebo bem o que escreves. Esses casos de o reserva ser preterido face o vinho normal são, efectivamente comuns (apesar de pouco explicáveis). Lembro o caso da BW que atribui melhor nota ao Cedro do Noval 2004 do que ao Quinta do Noval 2004. Eu já provei os 2 em prova cega e, na minha opinião, até à distância se percebe quanto o Quinta é melhor que o Cedro...

Mas a vida tem destas coisas...

Um abraço,

Nuno

João de Carvalho disse...

É fundamentalmente uma questão de gosto pessoal... o que uma pessoa gosta a outra pode não gostar.

Esta é a conversa do costume.
Quandos aos tintos da Noval não são vinhos que me façam perder de amores, já vi notas com as quais estou completamente de acordo, e diga-se que não são as mais altas por sinal.

Quanto a medalhas, é coisa que pouco ou nada me vai dizendo nos dias que correm, apenas sigo as Talhas mas isso é mais por uma veia de coleccionador, fazer uma prova dos Talha de Ouro dos últimos 10 anos não é para todos.

Sobre os tais concursos penso que numa RV bem recente já foi tudo mais que explicado, sobre o rigor com que se atribuem classificações.

teste disse...

Por acaso esta discussão é recorrente por estes lados. Sempre achei que estes concursos apenas têm como única utilidade (do ponto de vista do produtor) vender mais vinho das gamas mais baixas. Não conheço nenhum topo de gama que tenha ganho fama à conta de concursos destes, aliás não conheço muitos vinhos de topo portugueses que se sujeitem a essa avaliação.

Do ponto de vista da seriedade dos concursos, não ponho em causa a honestidade dos júris, penso que, regra geral, são honestos na sua avaliação, nem sempre serão correctos (são quase sempre confundidos os conceitos gosto e qualidade), mas honestos são certamente. Por quem eu não ponho as mãos no fogo é pelos produtores, é minha convicção de que a maioria dos vinhos que vai a concurso não são iguais aos seus “primos“ que encontram nas prateleiras das lojas, se isso acontece nas feiras com frequência, imagino nos concursos.

Quanto à prova, discordo que tudo se resuma a gostos, se os júris dos concursos se baseiam apenas nos seus gostos aquando da avaliação eu diria que são maus júris, pois nenhuma das descrições associadas às pontuações dos concursos se refere a um vinho como “90 a 95 – Vinhos de que se gosta extraordinariamente mas ainda há melhor”, normalmente dizem algo do género “90 95 – Vinhos com uma qualidade muito acima da média, que se destacam claramente dos restantes”. Parece-me que para se avaliar um vinho de uma forma profissional tem de se ter capacidades para avaliar muito para além do gosto, caso contrário qualquer consumidor, como eu, poderiam ser júris desses concursos, embora a questão do gosto seja, na minha opinião, impossível de ignorar, pode ser atenuada.


Um abraço,
RR

João de Carvalho disse...

«...não conheço muitos vinhos de topo portugueses que se sujeitem a essa avaliação.»

Se quiseres mando-te uma lista, não te esqueças de uma coisa: os vinhos de topo que compras podem não ter lá o autocolante, o que não quer dizer que não tenham ganho medalhas em concursos.

Já agora, convém dizer que certos vinhos não precisam de mostrar medalhas para serem vendidos ou reconhecidos.
Eu nos concursos que se fazem em todo e mais algum lado ligo pouco ou mesmo nada. Alguns produtores até se promovem como o vinho que mais medalhas ganhou, mas depois no copo o peso das medalhas é tanto que não se consegue mostrar à altura.

O concurso que eu tenho em conta é o da Confraria dos Enófilos do Alentejo, em que todos os anos a Talha de Ouro concordando ou não recai sobre vinhos de excelente qualidade.

Sobre os gostos pessoais e o restante saber sobre a prova e tudo o resto que envolve esses concursos basta ler os artigos que vieram na RV que está tudo mais que dito.

Fernando Santos disse...

Caros Amigos,

Desculpem a invasão com um assunto completamente diferente do tema, mas vou em breve passar uns dias a Paris e Roma (fruto de umas noites a degustar vinhos, culpa do Rui...) e gostaria de ter presente algumas enotecas locais para visitar, alguma ideia?

Um abraço,
Fernando

rui disse...

Caros,

Os resultados deste tipo de concursos têm um público alvo aos quais vocês não pertencem e aos quais eu tb não devia pertencer. No entanto, confesso, que desconhecendo uma prateleira de vinhos, é grande a probabilidade de levar o que tem a medalha. Vocês são a minoria. Os concursos são para a maioria.

O facto de continuar a aparecer novos concursos deve-se, pressuponho eu, ao facto estes serem muito eficazes enquanto instrumentos de divulgação de marcas e grandes influenciadores da compra.

É dentro deste contexto que devem ser alvo de comentário. Crítica organizativa e de critérios, comparação de resultados intra e inter-concursos, análise de impactos e discrepâncias, previsão do futuro e consequências, etc. Se me considero comentador (de bancada, é verdade) desta coisa dos “vinhos” (entenda-se de forma lata, e não apenas do que está dentro da garrafa), então não posso deixar de opinar sobre o assunto. Independentemente de “ligar” ou não a concursos, eles existem, têm impacto, são importantes e devem ser avaliados. Faço-o eu, já que as revistas da especialidade, que eu gostaria que o fizessem (numa óptica de jornalismo de investigação, digamos), não o fazem e limitam-se a divulgar listas de resultados.

Um abraço,
RC

p.s. (1) Ricardo, essa história das amostras “trocadas” no envio, é falada nos bastidores há muito tempo (acredito que tenha começado logo no 1º concurso que alguma vez se realizou). Com certeza que isso acontece porque nem todas as pessoas são honestas (não sejamos ingénuos) e não há meio de evitar que isso aconteça. No entanto, acho que não será o maior responsável pela discrepância de resultados entre concursos, e, entre estes, e os painéis de prova das revistas especializadas. Há uma razão principal e inevitável: a enorme subjectividade da prova.

rui disse...

Caro Fernando,

infelizmente não te posso ajudar pois não conheço Roma e, das duas vezes que estive em Paris, na primeira ainda não tinha o “bichinho” do vinho incubado e na segunda, não tive tempo para me dedicar a tal doença.

Não te vou recomendar que procures na net ou em algum guia, porque isso era um conselho básico e evidente, e eu tenho a mania de escrever sempre grandes “parangonas”. :)

Um abraço e boa viagem,
RC

p.s. Se entendi a subtil referência no teu texto, o Sirga não falhou :).

Fernando Santos disse...

Bons Dias,

Pois resultou... e se tiver filhos vou dar o teu nome a um deles.... ;)

Vou ter de andar no terreno a ver se tropeço numa...

Um Abraço,
Fernando

João disse...

Caro Fernando,

Estive o ano passado uns dias em Paris e em termos vínicos foi um verdadeiro desastre.
Em cada restaurante que parava provava uma região diferente, e todos eles eram bem piores que o nosso "Real Lavrador" ou afim.

Os vinhos correntes dos restaurantes são péssimos. Cheguei mesmo a experimentar um restaurante/garrafeira em que me foi sugerido um borgonha que simplesmente não sabia a nada.

Não quero dizer com isto para não beberes vinho, mas tenta seleccionar o restaurante (que não seja aquele bem turístico) e pode ser que encontres algum bom vinho.

Informaram-me que basta sair um pouco do centro/turismo e encontra-se algo interessante.

Desejo-te melhor sorte nas provas que as minhas.

PS. Se fores à disco à noite, é só champanhe que se bebe, e para quem goste, pode ser uma solução interessante (eu optei pelo Whiskey, mas fica aqui a dica)

Abraço

JP

Fernando Santos disse...

Boas,

Parece-me que ficar pelos monumentos, posso sempre levar umas garrafitas do nosso vinho e beber nos jardins de Paris.. ;)

Vou fazer as malas! Desejo-vos umas boas férias, a quem já as gozou, um bom regresso, cheio de força que alguém tem de ficar atento ao que se avizinha, uma bela crise financeira, logo agora que estávamos a levantar a cabeça!

Um bem-haja,
Fernando

Anónimo disse...

Sobre estes concursos, não me prenuncio, pois tenho total desconhecimento na matéria. Mas não deixo de dar uma olhadela, sempre se tiram algumas dicas.
Mas darem medalha prestígio ao Castelo Rodrigo touriga Nacional 2004, e exelência ao Herdade Pinheiro 2006 branco, é um exagero.
Não sou nenhum especialista na matéria, muito longe disso. Mas sou consumidor, e como todos os consumidores, à partida estamos todos na mesma bitola. Entendidos, e não entendidos. E como tal tenho legitimidade absoluta para fazer esta crítica.

rui disse...

Caro Pedro,

concordo contigo em absoluto.


Aliás, se eles (os júris de enólogos e provadores experimentados, etc) não se entendem [tb se devem dividir em entendidos e não entendidos :)], porque é nós (os que temos que aturar com os dísticos nos rótulos das garrafas) não deveríamos poder criticar?

Um abraço,
RC

Anónimo disse...

Mas é claro! viva a liberdade democrática na internet!

Anónimo disse...

Para os que se acham bons, deveriam provar sem ROTULOS e depois logo veriamos...

rui disse...

Caro BoisFrais,

nem é preciso provar às cegas para discordar com o que determinado crítico pensa. Nós aqui no blog provamos de rótulo à vista e muitas vezes não gostamos de muitos vinhos considerados excelentes pela critica. Aliás, nem entre nós a opinião é unânime.

Como é evidente o rótulo influencia, e muito. Já o temos escrito aqui.

No caso particular deste evento, apenas considerei os resultados surpreendentes. É que os primeiros lugares são ocupados por marcas que habitualmente não os ocupam. E não os ocupam nas várias publicações e guias de vinhos (alguns deles feitos com prova cega, segundo dizem os autores).

Aliás, o exemplo que acabei por dar, o Castelo Rodrigo tb foi provado em prova cega por um painel de júris da RV e não ficou bem classificado. Ou seja, em ambos os casos não se viam rótulos e os resultados foram completamente diferentes. Em quem acreditamos? Ou melhor, é obrigatório acreditar em alguém?

Um abraço e bem vindo aos comentários no blog,
RC

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