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terça-feira, outubro 23, 2007

Visita ao Douro - As vindimas - Parte III

Chegados ao Pinhão, era então tempo para almoço. Todos a bordo de um pequeno barco turístico e lá vamos nós a caminho da Foz do Tua, um passeio muito bonito (na minha opinião muito mais interessante que o percurso entre a Régua e o Pinhão) que nos permitiu uma animada conversa sobre o Douro e as suas características únicas com o nosso anfitrião Rui Cunha e com mais alguns óptimos companheiros de viagem, o Pedro Tamagnini da Quinta dos Avidagos, Cândida e António Amorim da Quinta das Apegadas e Telmo (mil perdões mas não me recordo do apelido) da Vallegre. Muita conversa, e algumas garrafas de vinho depois, voltámos ao Pinhão para seguir viagem até à Quinta da Faísca.

A Quinta da Faísca é, por assim dizer, o quartel general da dupla Rui Cunha / Gonçalo Lopes, propriedade da família deste último, é uma quinta onde pontifica claramente a adega, espaço belíssimo e com condições invejáveis para a elaboração dos projectos em que tão arduamente trabalham, um espaço aberto e arejado com uma decoração muito funcional que com a sua simplicidade cativa logo à entrada. É nesta adega que são vinificadas as uvas para vinhos como o Rhea, o Secret Spot e o Crooked Vines. Vinhos muito interessantes, dos quais destaco o Rhea Reserva, pois pela prova superficial parece-me tratar-se de uma excelente relação preço/qualidade. Os outros vinhos são a confirmação de grandes vinhos, apenas um pouco desconhecidos da maioria dos consumidores. Aproveito esta deixa para uma pequena nota, não sei até que ponto resultará a utilização de nomes ingleses para vinhos que não estão destinados a exportação, se no caso do Secret Spot ainda estamos na presença de uma catch phrase mais vulgarizada, o nome Crooked Vines, apesar de toda a lógica da relação do nome com a vinha que lhe dá origem, parece-me pouco apelativo para o público.

Após mais umas didácticas provas de mosto e de vinhos em casco, seguimos viagem até à Quinta da Vista Alegre, última visita programada para o dia.

À nossa espera na Quinta da Vista Alegre estava Telmo, o responsável pelas quintas exploradas pela Vallegre, que nos levou monte acima para assistir à pisa a pé que iria dar origem a algum dos portos da casa. É um ritual que ainda se mantém bem vivo por aquelas bandas, ainda que sem algum do elan que normalmente se associam a estas actividades (recheadas de música e animação), é um trabalho duro e que alguém tem de o fazer, e não são certamente os turistas que pagam para fazer essa pisa que vão ser suficientes para cumprir as horas e horas de trabalho necessários para a elaboração dos vinhos que dali saem. Desta Quinta destaco claramente a vista impressionante que apresenta, mesmo em cima do rio, com uma enorme extensão de vinha aos nossos pés, do alto dos 600 metros de altura do local em que nos encontrávamos. A Vallegre tem um historial de vinhos do porto com uma óptima relação preço / qualidade, com excelentes lbvs e vintage, e está há algumas colheitas a entrar com passos seguros nos vinhos de mesa com o as marcas Vallegre e Valle Longo, ficámos também a conhecer um muito bom old white, que foi certamente das maiores surpresas do fim-de-semana.

Findas as visitas programadas dirigimo-nos para a Quinta dos Avidagos, onde iríamos ficar alojados, e onde nos esperava uma simpática recepção por parte da família do Pedro Tamagnini. Houve tempo para algumas trocas de impressão e depois seguimos para o jantar na Régua.

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