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terça-feira, novembro 20, 2007

WINE o’clock – Inauguração Lisboa

Depois do Porto e Aveiro, chegou a vez de Lisboa ver inaugurada, no passado dia 10, mais uma garrafeira. “Um conceito diferente e inovador”, dizem. Não existe negócio que hoje em dia não se arrogue o direito de auto intitular-se diferente e inovador. Parece que denominar-se igual e desinspirado não ajuda a vender. :)

Localizada junto ao Amoreiras, a inauguração fez-se apenas por convite. Aqui no vinhoacopo.blogspot.com conseguimos botar as mãos num par deles e fizemo-nos ao cocktail. Além de nós, apareceram uns quantos outros, não tão famosos, do meio enófilo e imprensa especializada. :)

Como consumidor-comprador a minha primeira investida foi directa às prateleiras de vinhos. Preços! Ora, não são dos melhores mas consegue ficar, na generalidade, abaixo do Gourmet Corte Inglês. O que, se formos a ver bem, também não é assim tão difícil.

Tem algumas boas compras, por exemplo, o Aneto 2003 e Vértice Grande Reserva 2003 a rondar 10,5€ e 14€ respectivamente, mas tem alguns vinhos completamente desajustados. Na minha opinião, apenas um defeito na máquina de etiquetagem pode justificar os preços do Evel Grande Escolha 2004 (20,5€) e do escandaloso Esporão Reserva 2004 (22,10€). Ora, este vinhos são sempre bons “testers” pois encontram-se com facilidade nos hipermercados. Nas feiras de vinhos que tivemos no último mês, o Jumbo apresentou o Evel a 13,85€ e o Esporão a 11,95€ (sendo que o normal, será à volta de 16€ e 14€, respectivamente).

No segmento do vinho do Porto, os preços não me pareceram escandalosos. Os vintage recentes da Fonseca e Taylor’s nem sofriam da habitual doença crónica inflacionária. No entanto, dois reparos. Primeiro, não existiam as habituas segunda linhas. Ou seja, aquelas quintas produtoras que fazem bons vintages e LBVs a preços mais razoáveis praticamente não existiam. Espero que não seja aposta da casa mas sim coincidência o facto das muitas referências que ficaram no Porto (segundo nos disseram) saírem fora da esfera de influência dos glutões do sector. Segundo, a secção de vinhos está dividida em dois. Piso inferior, Symington, piso superior, resto. Convenhamos que para quem, na hora de comprar um vinho do Porto, quer comparar preços, datas de colheita, etc, esta disposição não ajuda.

O capítulo anterior serve de prelúdio para o actual. A loja está dividida em dois pisos, nos quais foram dispostos pequenos espaços alugados a produtores e distribuidores. Pretende-se que estas “barraquinhas” sejam pólos de promoção, divulgação e degustação de produtos e marcas. Aliás, uma das grandes apostas do projecto é a tentativa de criar um ambiente de interacção entre produtores e consumidores, de modo a promover a fidelização do cliente ao mesmo tempo que descentraliza o esforço de angariação do mesmo.

Duas referências rápidas. Uma para o pequeno bar no primeiro piso. Tem sempre vários vinhos a copo para degustação. E a segunda para a sala climatizada do vinhos raros e estupidamente caros. A maioria é estrangeira, e lá estão os Petrus, os Pingus e afins, mas também temos algumas referências portuguesas como o Charme, Qt. Crasto Maria Teresa, etc.

Em resumo, quem visita o espaço percebe que houve muito dinheiro investido no espaço. Não é no preço que está a aposta mas sim na constante promoção e nas inúmeras acções de degustação que se desenrolam no recinto. Procura-se a ajuda dos produtores e distribuidores, o que é bem pensado mas não inédito. Qualquer garrafeira, destas mais modernaças, costuma ter à sexta-feira um produtor ou enólogo a apresentar vinhos. A originalidade será mais na criação dos espaços próprios para cada um e na utilização de um pequeno bar de apoio a degustações. Se servir umas tapas, para mim, é uma mais valia que gosto de petiscar enquanto bebo. Confesso que, ainda assim, é mais provável que venha a ser um raro visitante pois raramente passo por aqueles lados e o estacionamento na zona não é fácil. Desejo-lhes sorte, pois recuperar o dinheiro investido, nesta garrafeira e em todo o projecto WINE o’clock, não vai ser nada fácil.

5 comentário(s):

Anónimo disse...

Acho que não é correcto estar a comparar preços de promoções - temporárias e limitadas a nomes mais comerciais - como as das feiras dos hipermercados, com um oferta permanente e com serviço especiliazado de uma loja como esta.
Pelo que vi - e pode haver uma ou outra distorção - os preços são razoáveis em geral mas ninguém vai lá para procurar saldos. O que a loja tem de bom, na minha opinião, é uma oferta ampla que não se limita às cabeças de cartaz habituais. E relativamente a vinhos estrangeiros, não tem igual em Lisboa, a preços muito mais comedidos que os do El Corte Ingles.
Outra coisa que gostei é a apresentação. Os vinhos estão arrumados e bem visíveis nas prateleiras não por região mas por preço, o que permite a uma pessoa que tenha um orçamento limitado, por exemplo vinhos até 5 € ou até 10 € - ver logo ali tudo o que está disponível nessa gama. E o serviço personalizado lá estará para nos guiar na escolha.
Se uma loja como esta não tiver sucesso em Lisboa, mal para Lisboa e para os lisboetas.

João de Carvalho disse...

E para os consumidores...

rui disse...

Caro JGR,
essa dos vinhos estarem organizados por preços e não por regiões, deve ser agora, porque na inauguração isso não acontecia.

Exactamente por não ser correcto, é que que eu referi os preços normais dos vinhos em causa. Achei interessante dizer os preços de feira pq se o responsável de compras da WINE o'clock enchesse uma carrinha de Esporão Reserva no Jumbo e os vendesse agora, estava a ter uma margem de quase 100%. O que não me parece mal, hem!

No restante, referi tb que alguns preços até não são nada maus.

Um abraço,
RC

Rita H Beirão disse...

Já tentei várias vezes entrar na loja online da Wine O'Clock, mas está sempre em baixo.
!!!!

Rita H Beirão disse...

Já tentei várias vezes entrar na loja online e está sempre em baixo.
!!!!!!

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