Wine Spectator: Top 10 Editors Pick 2007
editado: classificação final
A famosa Wine Spectator iniciou o processo de escolha do seu top 10 do ano de 2007. Esta escolha não é muito simples de interpretar uma vez que não está directamente relacionado com a pontuação dos vinhos, esta lista é a lista dos vinhos mais exitantes do ano, o que quer que isso seja.
Podem ver o decorrer da divulgação aqui até ao dia 16 de Novembro. Para já estas são as posições já divulgadas:
10 - França - Champanhe - Krug Brut Champagne 1996 (99 pontos)
9 - EUA - Califórnia - Robert Mondavi Cabernet Sauvignon Napa Valley Reserve 2004 (95 pontos)
8 - Austrália - Mclaren Vale - Mollydooker Shiraz 2006 (95 pontos)
7 - Itália - Bolgheri Superiore - Tenuta dell'Ornellaia 2004 (97 pontos)
6 - França - St. Julien - Château Léoville Las Cases 2004 (95 pontos)
5 - Austrália - Barossa Valley - Two Hands Shiraz 2005 (95 pontos)
4 - Itália - Toscana - Antinori Tignanello 2004 (95 pontos)
3 - França - Châteauneuf-du-Pape - Le Vieux Donjon 2005 (95 pontos)
2 - EUA - California - Ridge Chardonnay 2005 (95 pontos)
1 - França - Châteauneuf-du-Pape - Clos des Papes 2005 (98 pontos)
6 comentário(s):
como sempre o vinho portugues foi naturalmente esquecido...
tambem será natural que tenhamos 2 ou 3 vinhos no top 100, mas andamos a décadas a ser excluidos dos lugares de destaque. o excepcao mesmo so com o nosso vintage 1994 fonseca e taylors.
ja provei o krug vintage 1996 e na realidade é um disciplio de respeito do clos du mesnil do mesmo ano .em relação aos outros vinhos seleccionados uma referência para o vencedor Paul Avril de clos des papes, uma pessoa simples que esta na linha da frente a atender os clientes e a impressionar pela humildade, tenho os vinhos 2003 e 2004 e ja impressionavam.
talvez tenhamos o quinta do castro vinha maria teresa 2005 ou até um redoma reserva branco 2005 no top100 , esperemos para ver .
cumprimentos Nelson Pena
Caro Nelson,
É, de facto, comum os nossos vinhos não constarem nestas listas, é pena, mas estou convencido que estamos numa época de mudança e que os nossos vinhos vão paulatinamente ganhando o destaque que merecem. Por outro lado podemos ver o lado positivo, com menos destaque mais fica e mais barato o compramos.
Um abraço,
RR
O que nos dizem os números:
- 4 vinhos em 10 são franceses, incluindo o vencedor;
- o vinho mais caro é o Champanhe, 10º Classificado custa 250$;
- o vinho mais barato é o 2º classificado, o Ridge e custa 35$;
- o vinho com maior pontuação é o Champanhe, 10º Classificado, 99 pontos;
- em 10 vinhos 7 têm a pontuação de 95 pontos e é essa a nota mais baixa;
- o vinho com mais produção é o Antinori com 26.665 caixas produzidas;
- o vinho com menor produção é o Ridge com 2.000! caixas produzidas.
O que é que estes números vos dizem? Eu acho que há aqui algumas análises interessantes a fazer. Gostava de ouvir a vossa opinião.
RR
Dizem que o Clos des Papes 2005 já vem a caminho com um preço a rondar os 65€, um preço que em Portugal começa a ser norma cada vez mais.
boa observação
tamos fartos de ver os vinhos portugueses a acompanharem a inflação do país mas a esquecerem se das circunstancias actuais do panorama vinicola mundial.
Ou os nossos vinhos baixam o preço ou a produção portuguesa ficara mais saturada e mais stockada.
Em conversa com um amigo e uma pessoa muito respeitada no meio vinico nacional ficou me uma frase q me disse, nenhum vinho no mundo vale mais de 80 euros ( sendo ele que me arranja alguns dos melhores vinhos do mundo para o meu restaurante nao poderia ser mais desagradavel :D ) e defacto não poderia ser mais correcto ... será um vinha maria teresa com 3 ou 4 colheitas no historial capaz de justificar um preço de 100 ou 120 euros? sem termos nós conhecimento e historial sobre a qualidade de evolução em garrafa e valorizacao? nesse contexto submeto me a tendência natural de desacreditar os vinhos portugueses e acreditar que poderá se justificar muito mais dar 100 euros ou mais por um chateauneuf du pape ou um californiano. nesse mesmo dia fiquei a conhecer antecipadamente as classificacoes do confronto douro/duero que por exemplo colocou o quinta de roriz ficou em 2 lugar a frente de batuta 2005, vale meão 2005,chryseia 2005, numanthia 2005, auru 2001, vértice 2003 (sensacional) e até pintas 2005 (alvo de muitas criticas pelos desequilibrios que lhe valeu 88 pontos) e destronado apenas por vina sastre 2005 (96 pontos). as surpresas continuam mas só por cá e assim continuaram a revelar cada vez mais a realidade dos nossos vinhos
Completamente de acordo...gosto de ler estas coisas pois por vezes fico a pensar que anda tudo ao contrário das ideias que tenho.
De facto vamos assistindo a uma certa clausura vínica em Portugal, não me interessa saber se em Espanha também o fazem ou se a atitude é igual nos outros países. O certo é que em Portugal andamos neste marasmo, o consumidor que gasta 80€ num Pêra Manca não quer saber dos Clos des Papes ou dos Pegau ou nem sequer de um Montrose. A culpa não é de quem tenta dar informações mas sim do próprio consumidor que ainda pensa que temos os melhores vinhos do Mundo e talvez da Europa.
É a tal clausura que não permite ao consumidor que gasta 150€ num vinho Nacional quando na prateleira ao lado tem vinhos como Lafite, Gaja, Penfolds RWT, Vega Sicilia etc etc...
Talvez até olhe com desdem e desprezo para aqueles rótulos que na verdade dão segurança e credibilidade. Tal como foi dito confiamos nos tais vinhos porque tem todo um passado de sucessivas colheitas que nos permite ter a segurança que o vinho dentro de x tempo vai ser seguir determinado caminho.
Depois não podemos falar no consumidor que não conhece porque não pode, temos de falar no consumidor que não conhece porque não quer...
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