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quarta-feira, outubro 29, 2008

Rapidinhas sobre Vinho

A produção literária aqui no blog tem roçado mínimos históricos. Culpa da preguiça. No entanto, o facto de não escrever não significa que não tenha estado atento às novidades da rentrée enófila da temporada 2008/09.


Feiras de Vinhos

Mais do mesmo. Ou pior, menos do mesmo. Este ano não referi uma palavra sobre as mesmas pois não gosto de me repetir todos os anos. Fraquinho! Mesmo a do Jumbo, continuando a ser a melhor, apresentou muito poucas novidades.


Guias de Vinhos

Este ano temos uma novidade: o escanção Manuel Moreia (também provador da Blue Wine) lançou, pela Bertrand Editora, o seu Guia de Vinhos Portugueses. Sem indicação de ano ou temporada.


Fazendo uma análise sucinta, temos:

- Divisão por tipo de vinho: Espumantes, Vinho Verde, Alvarinho, Branco, Rose, Tinto. Não se percebe esta divisão. Pergunta o leitor: Porque é que o Vinho Verde (região) e Alvarinho (casta) têm direito a secções independentes?

- Dentro de cada “tipo de vinho”, os vinhos estão ordenados alfabeticamente e não por regiões. É um critério como outro qualquer apesar de estar contra corrente com os restantes guias do mercado.

- A abrangência de Brancos e Tintos é razoavelmente boa dentro das novidades. Os Espumantes é mínima e não abarca Generosos.

- As classificações andam dentro do que eu considero a “escola clássica” pelo que não há grandes surpresas. Num linha RV ou recente BW.

- As descrições de prova são curtas, objectivas e pouco dadas a poesias.

- Apresenta novidades ao nível da simbologia de caracterização dos vinhos provados. Especial significado para o chapéu de cozinheiro, que devia significar a aptidão gastronómica do vinho mas que deixa de fazer sentido quando apenas 3 vinhos (contei) não têm o símbolo atribuído, e para o divertido leitão que nos avisa que o vinho é barato e supostamente bom.

- Para mim, é mais um guia que não vem trazer nada de novo e que aposta num segmento onde já existem outros mais bem posicionados. Vejo com alguma dificuldade o sucesso desta publicação.


O Guia do João Paulo Martins, que costuma ser o primeiro guia no mercado, foi este ano ultrapassado no lançamento pelo guia referido acima e, ainda por cima, saiu após as feiras de vinhos. Porventura, percebeu-se que não valia a pena antecipar o guia para as feiras pois os vinhos que se vendem nas mesmas ainda sãos os vinhos classificados no guia anterior. Uma nota de especial atenção para o facto deste guia do JPM fazer referência a uma suposta edição de Verão, onde estariam os brancos e rosés para essa estação. Alguém deu por ela? Eu só me deparei com essa edição de Verão uma semana depois de comprar a edição de Inverno (lá estava uma pilha deles no Continente, secção de gastronomia, quando na semana anterior nem um para amostra). Ou seja, como diz repetidamente o próprio JPM sobre os atrasos de venda de brancos correntes e rosés: “Não há motivos nenhuns para os mesmos não estarem nas prateleiras dos supermercados na primavera”. O mesmo se aplica à edição de Verão.


Encontro com o Vinho

Acontece já, neste fim-de-semana que se avizinha, a edição 2008. Este ano apresenta-se a novidade “Gosto de Lisboa” ou, no mais internacional (e chique), “Taste of Lisbon”. Confesso que não percebi muito bem como a coisa irá funcionar mas tenho intenções de descobrir. Assim, caros amigos e leitores, encontramo-nos num corredor apinhado de gente no próximo Domingo.

2 comentário(s):

Luis Prata disse...

Pelo que sei o Taste of Lisbon vai ser tipo o evento "Peixe em Lisboa". Cozinhas de autor e pratinhos minúsculos e caríssimos. +/- 10€...

Todos os anos os produtores investem muito euros nesta feira, dando à prova os seus melhores vinhos gratuitamente.

Pergunto, porque é que no que diz respeito aos sabores o mesmo não acontece? Não deveriam estar os stands de "sabores" também a dar a provar gratuitamente os seus produtos?

rui disse...

Caro Pratas,

era bom era :) a diferença para os vinhos é que a percentagem de visitantes que podem pagar uma refeição nos restaurantes representados é míninma.

Ou seja, não há assim tanto interesse em cativar um público que depois não consome. Só aqueles que conseguirem dar os tais 10€ pelos pratinhos mínusculos é que são o verdadeiro target.

Um abraço,
RC

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